Andy McCoy critica Mötley Crüe por despedida fake e box com “músicas para bater o carro”

Relação entre as bandas é marcada pela morte do baterista Razzle em acidente com carro conduzido por Vince Neil

O guitarrista Andy McCoy não poupou o Mötley Crüe de críticas durante participação no podcast “Waste Some Time With Jason Green”. Mais conhecido por sua época com o Hanoi Rocks, o músico foi questionado sobre o retorno da banda americana com a The Stadium Tour, 7 anos após ter feito a excursão de despedida.

Conforme transcrito pelo Blabbermouth, ele respondeu:

“Sim, é a 25ª tour de adeus ou algo assim (risos). São uma farsa. Só estou falando a verdade. Não minto, como faz Nikki Sixx.”

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A mágoa possui uma origem: em 8 de dezembro de 1984, o baterista do Hanoi Rocks, Nicholas Charles Dingley, conhecido popularmente como Razzle, morreu em um acidente de carro. Quem dirigia o veículo era Vince Neil, vocalista do Crüe. Os dois haviam saído de uma festa para buscar mais bebida.

A relação entre os músicos dos dois grupos, que já era ruim por motivo óbvio, piorou no início do século atual. Em 2003 e 2004, o Mötley Crüe lançou duas coletâneas retrospectivas chamadas “Music To Crash Your Car To” – em uma tradução simples, “Música Para Bater Seu Carro”.

“Foi algo além de desrespeitoso, de mau gosto. Sei que Michael Monroe (vocalista do Hanoi Rocks) também pensa assim. Se você é europeu como eu, é algo que você não faz. Você respeita as outras pessoas.”

Andy ainda lembra que duas outras pessoas envolvidas na batida ficaram com ferimentos que carregarão para o resto da vida.

“As pessoas esquecem desses dois. Eu me lembro. Eu nunca esqueço. As pessoas tendem a esquecê-los. E isso foi horrível. Foi simplesmente errado.

Cinquenta metros até a loja de bebidas. Achei que eles iriam caminhar. Mas não, aquele filho da p*ta – eu não me dou ao trabalho de mencionar o nome, você sabe quem ele é – precisava exibir seu horroroso Pantera de segunda mão, que nem é um carro legal para mim.”

Andy McCoy e as mentiras de Mötley Crüe e Nikki Sixx

O guitarrista ainda faz questão de citar o exagero da dramatização na versão cinematográfica de “The Dirt”, biografia do Mötley Crüe. A cena da festa se passa em uma mansão.

“Você sabe onde a festa realmente aconteceu? Em um apartamento de dois quartos. Eram cinco pessoas lá. Quando eu vi esse filme, ou trechos dele, eu fiquei tipo: ‘Eu não quero ver o filme inteiro. Isso é besteira de novo. Bobagem de Hollywood’. Sami (Yaffa, baixista do Hanoi) estava desmaiado no sofá. E havia a esposa grávida de Vince, que estava em seu sétimo ou oitavo mês. Eram esses quem estava lá, junto comigo e Tommy Lee. O que gravaram é apenas pura mentira e besteira de novo.”

McCoy também rebateu outra história: a de supostamente ter agredido Nikki Sixx com um taco de beisebol no chão do apartamento de um traficante em Londres, após uma overdose.

“Ele está mentindo. Eu costumava jogar beisebol quando criança. Se bater em alguém inconsciente com um taco, você acha que a pessoa sobreviveria? Claro que não.

Ele não foi espancado. Foi esbofeteado para acordar, porque teve uma overdose. E eu disse a ele: ‘Cuidado. Isso é uma droga forte’. Eu o avisei. E ele queria ser durão. E esse é o tipo de coisa com a qual ser durão não adianta.”

Vince Neil e a morte de Razzle

Vince Neil assumiu a responsabilidade sobre o acidente perante a justiça. Ele foi indiciado por homicídio culposo veicular e dirigir sob a influência de álcool. Seu nível de álcool no sangue era de 0,17 acima do limite legal.

O cantor cumpriu metade de uma sentença de 30 dias de prisão, recebeu 5 anos de liberdade condicional e teve que pagar US$ 2,6 milhões em restituição, além de cumprir 200 horas de serviço comunitário.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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