Marilyn Manson entrou com um processo contra Evan Rachel Wood contestando as acusações de estupro e abuso sexual. A atriz alegou no documentário “Phoenix Rising” ter sido “coagida a um ato sexual comercial sob falsos pretextos” enquanto o então casal filmava o videoclipe para a música “Heart-Shaped Glasses”, em 2007.
O advogado de Manson, Howard King, negou os argumentos em um comunicado à People, alegando que o cantor “não fez sexo com Evan naquele set e ela sabe que isso é a verdade”.
Em seu processo, Brian Warner (nome real do artista) acusa sua ex-noiva de infligir intencionalmente sofrimento emocional, difamação, fraude digital e falsificação de identidade pela internet.
Os documentos, entregues na manhã da última quarta-feira (2) ao Tribunal Superior de Los Angeles e acessados pelo site The Blast, afirmam:
“Esta ação surge dos atos ilícitos e ilegais cometidos em prol de uma conspiração pela ré Evan Rachel Wood e sua parceira romântica, a ré Ashley Gore, também conhecida como Illma Gore, para difamar publicamente o autor Brian Warner, também conhecido como Marilyn Manson, como um estuprador e abusador – uma falsidade maliciosa que descarrilou o seu sucesso na música, TV e carreira cinematográfica.”
Marilyn Manson processa Evan Rachel Wood
Marilyn Manson também acusa Evan Rachel Wood de se passar por:
“[…] uma agente real do Federal Bureau of Investigation (FBI), falsificando e distribuindo uma carta fictícia para criar a falsa aparência de que as supostas ‘vítimas’ de Warner e suas famílias estavam em perigo, havendo uma investigação criminal federal contra Warner em andamento. Foram fornecidas listas de verificação e roteiros para possíveis acusadores, listando os supostos atos de abuso específicos que deveriam reivindicar contra Warner.”
Os documentos alegam ainda que Wood:
“[…] fez declarações sabidamente falsas a possíveis acusadores (que desde então foram repetidas por esses acusadores em documentos judiciais), incluindo a alegação difamatória de que Warner filmou a agressão sexual de uma menor.”
O que disse a atriz no documentário
Wood, que estava em um relacionamento com Manson de meados de 2006 até o início de 2011, afirmou no documentário “Phoenix Rising” que a gravação do videoclipe foi apenas o primeiro crime cometido.
“Não é nada como eu pensei que seria. Estávamos fazendo coisas que não eram o que me foi proposto. Discutimos uma cena de sexo simulada, mas assim que as câmeras começaram a filmar, ele começou a me penetrar de verdade. Eu nunca concordei com isso. Sou uma atriz profissional, eu tenho feito isso a minha vida toda. Nunca estive em um set tão pouco profissional na minha vida até hoje.”
Acusações
Há pouco mais de um ano, Evan Rachel Wood nomeou Marilyn Manson como o agressor anteriormente anônimo que ela mencionou enquanto testemunhava perante o Senado da Califórnia em relação à Lei de Phoenix, que estende o estatuto de restrições contra autores de violência doméstica de 3 para 5 anos.
Em fevereiro de 2021, Wood alegou em um post de redes sociais que Manson a abusou por anos. Depois que compartilhou suas acusações, várias outras mulheres postaram suas próprias contra o artista. As mulheres alegaram ter sofrido “agressão sexual, abuso psicológico e/ou várias formas de coerção, violência e intimidação” nas mãos de Manson.
Em novembro do ano passado, a polícia de Los Angeles cumpriu mandado de busca e apreensão na mansão do cantor em West Hollywood. Outras notícias que envolvem as acusações de abuso contra Manson podem ser conferidas clicando aqui.