As declarações de David Crosby sobre o futuro da indústria musical não costumam ser as mais positivas. O músico já deixou claro em inúmeras oportunidades sua preocupação com a maneira como a arte é tratada na realidade atual.
A visão desesperançosa se fez presente em nova entrevista, desta vez ao Stereogum.
“Sempre que perguntam o conselho que daria a jovens artistas, digo que não se tornem músicos. Você consegue imaginar como me sinto falando isso? Consegue ter ideia de como não gostaria de ter que dizer? Temos grandes talentos, como Becca Stevens, Michelle Willise, Michael League e meu filho James. Não quero dizer isso a eles, mas é a verdade. Não há esperança.”
Crosby se usou como exemplo, ressaltando ainda fazer música por motivos sentimentais, já que financeiramente não compensa.
“Sigo fazendo discos com James e a Lighthouse Band por amor. Vejo a música como uma força de elevação. Sim, eu acredito nessa besteira hippie. Vivemos tempos muito difíceis e as pessoas precisam de energia. A música melhora as coisas e deixa todos mais felizes. Isso é bom o suficiente para mim. Se eu não recebo por isso, que seja.”
David Crosby e a recusa ao streaming
David, que apoiou a recente ação de Neil Young contra o Spotify, acredita que todos os artistas deveriam retirar suas músicas das plataformas de streaming, pois não são remunerados de forma justa por seu trabalho.
“Não gosto do Spotify nem de qualquer outro streaming. Eles não nos pagam adequadamente. A proporção está errada. Ganham bilhões e repassam centavos. Isso não está certo.”
“For Free”, álbum mais recente de David Crosby, saiu em 23 de julho de 2021. O trabalho entrou em 8 paradas europeias. A capa reproduz uma pintura da cantora e ativista Joan Baez.
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