Bruce Dickinson volta a explicar por que saiu do Iron Maiden em 1993

Cantor apontou necessidade de sair da bolha e ver o mundo de outras perspectivas: “era melhor arriscar a ficar sentado em algum lugar no mundo da fantasia e acabar mal-humorado”

Bruce Dickinson voltou a falar sobre sua saída do Iron Maiden em 1993 durante mais uma apresentação spoken-word, realizada dia 23 de março em Quebec, Canadá. O vocalista deixou a banda e deu prosseguimento à carreira solo, que já tinha um álbum lançado àquela altura. Após dois trabalhos mais experimentais, retomou a sonoridade metálica e lançou discos muito elogiados por fãs e crítica.

Conforme transcrição do Blabbermouth, o cantor falou sobre a necessidade de sair da bolha e ver o mundo de outras perspectivas.

“Honestamente, fiquei tão surpreso quanto qualquer outra pessoa quando aconteceu. Não acho que realmente acreditavam que eu faria isso. Apenas pensei que se ficasse com o Maiden para sempre, não saberia como era fazer outra coisa. Ao mesmo tempo, se não tomasse uma decisão radical, ninguém levaria aquilo a sério. Sempre seria tipo: ‘Oh, Deus o abençoe; ele está fazendo um disco solo, deixe-o se divertir até que volte à banda’. Eu odiaria se fosse assim. Então pensei: ‘é isso, vou embora’.”

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E se o plano desse errado?

“Muitos perguntavam o que faria se não desse certo. Respondia: ‘bem, isso é Deus ou o destino dizendo que talvez seja para o melhor’. Era melhor arriscar a ficar sentado em algum lugar no mundo da fantasia e acabar mal-humorado.”

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Bruce Dickinson quase saiu do Iron Maiden nos anos 80

A ideia de “experimentar o mundo lá fora” estava nos pensamentos de Bruce basicamente desde sua entrada no Iron Maiden. Em entrevista ao Loudwire em 2017, o vocalista lembrou a exaustão após o fim da World Slavery Tour, que manteve a banda na estrada por mais de um ano – incluindo a primeira passagem pelo Brasil, na edição inaugural do Rock in Rio.

“Eu estava muito exausto mentalmente por ralar 13 meses diretos na estrada. As pessoas dizem: ‘parem de reclamar, você é um rockstar e ganha muito dinheiro’. Eu digo: ‘sim, mas se eu quiser parar, será minha escolha’. Pensei que existiam outras coisas que poderiam render bem menos dinheiro, mas dariam um nível igual ou até maior de satisfação.”

Bruce Dickinson retornou ao Iron Maiden em 1999 e segue no grupo até hoje. “Senjutsu”, álbum mais recente da banda, saiu ano passado.

Um novo disco solo está sendo preparado em parceria com o guitarrista e produtor Roy Z. Ainda não há data de lançamento estipulada.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

1 COMENTÁRIO

  1. Coisas do destino ou de uma força superior…Gosto muito dos alguns com o Blaze, muita gente mete o pau, mas se fosse o Bruce Dickinson nos vocais daquele discos do Blaze…diriam: clássico!!!! metal na veia!!!! Cheio de hipócritas e puxa saco do Bruce na hora!!!! valeu

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