Por que o punk não matou o rock progressivo, segundo Ian Anderson

Líder do Jethro Tull diz que “punks se viam como a vacina que livraria o mundo do vírus do prog rock”, mas que contra-ataque veio em “forma modificada e fortalecida”

Quando surgiu na segunda metade dos anos 1970, o punk se propunha a ser uma resposta à pomposidade do progressivo, resgatando a simplicidade e crueza do rock em suas características originais. Embora tenha feito muito barulho e deixado descendentes nas gerações posteriores, o objetivo citado não foi alcançado.

Ian Anderson, líder do Jethro Tull, tem sua teoria sobre o tema e a explicou ao The Telegraph.

“Os punks se viam como a vacina tríplice que livraria o mundo para sempre do horrível vírus do prog rock. Infelizmente para eles, assim como no mundo real, o vírus tende a contra-atacar de forma modificada e fortalecida.”

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Em outra conversa, desta vez com o The Guardian, o cantor e multi-instrumentista destacou que sempre quis fazer algo diferente do que já existia, se mantendo na vanguarda.

“Amava o blues, mas o via como um modo pragmático de abrir as portas, não era o que desejava tocar. Quando ouvi ‘Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band’, dos Beatles, e ‘The Piper at the Gates of Dawn’, do Pink Floyd, encontrei um caminho. Queria ser como eles foram nesses discos, ecléticos.”

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Anderson entende que o modo de o Jethro Tull trabalhar pode ter espantado fãs a curto prazo, mas a fórmula se pagou com o tempo.

“É melhor tentar fazer diferente e cair de cara de vez em quando a ficar pedalando sentado confortavelmente para manter o equilíbrio. Sentiria-me inquieto se fizesse músicas genéricas como os Rolling Stones, o The Who ou mesmo os Ramones no mundo do punk.”

Jethro Tull e “The Zealot Gene”

The Zealot Gene”, novo álbum do Jethro Tull, saiu no último dia 28 de janeiro. Vigésimo-segundo trabalho de estúdio, traz apenas Ian Anderson da formação anterior. O line-up se completa com os integrantes de sua banda solo.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

1 COMENTÁRIO

  1. rock progressivo ainda é a melhor musica do mundo, isso se ela for tocada por umas das melhores bandas do mundo, vlw ian anderson vc é o cara.

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