Apesar de ser uma banda ainda vista como underground por esses lados do mapa, o Amorphis é atração de porte gigantesco em sua terra natal, a Finlândia. Os últimos sete álbuns do grupo foram top 3 na parada local, cinco deles alcançando o número 1 – incluindo o mais recente, “Queen of Time”, que faturou disco de ouro. Quando pensamos em top 10, a soma sobre para onze trabalhos no ranking (doze se considerarmos a coletânea “Magic & Mayhem”, de 2010).
Portanto, o lançamento de “Halo”, via Atomic Fire Records, vem cercado de expectativas. Como seus antecessores, o trabalho tem o conteúdo lírico baseado em Kalevala, epopeia que conta a história finlandesa em poemas e canções compilados e publicados pela primeira vez no ano de 1835. Novamente, as adaptações são feitas pelo poeta Pekka Kainulainen, que trabalha com a banda desde “Silent Waters”, de 2007.
O resultado final não apresenta grandes mudanças, o que fará com que o álbum conquiste os fãs e sirva como boa apresentação para ouvintes curiosos. Após um início pelos lados mais extremos do metal, o Amorphis encontrou um estilo próprio, que mistura death, prog, folk, gothic e o que mais puder ser adaptado à sonoridade particular do sexteto. Talvez possa ser dito que o disco é mais direto em comparação a seu antecessor, mas nada que represente grandes mudanças de rumo.
O vocalista Tomi Joutsen segue sendo o grande destaque, alternando o registro limpo melancólico e um gutural poderoso com facilidade que impressiona. Membros originais, os guitarristas Esa Holopainen e Tomi Koivusaari alternam riffs e solos com total competência, além do bom gosto na hora de escolher os timbres, sabendo quando é a hora certa de usar o instrumento limpo, algo raro no gênero a que se propõem.
Falando das faixas, impossível não citar as variações rítmicas certeiras em “The Moon”, a mais longa do tracklist e escolha corajosa para um primeiro single. “A New Land” conta com características da música tradicional local nos arranjos, enquanto “Seven Roads Come Together” é o ápice do lado mais elaborado e histórico, servindo como uma verdadeira viagem sonora em seus cinco minutos e meio. O encerramento com “My Name Is Night” oferece um belo dueto entre Joutsen e Petronella Nettermalm, cantora da banda sueca progressiva Paatos.
O Amorphis é banda grande onde o metal é grande e merece todo o reconhecimento alcançado. “Halo” mantém o alto nível de seus antecessores em uma discografia quase sem falhas.
Ouça “Halo” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.
O álbum está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!
Amorphis – “Halo”
- Northwards
- On The Dark Waters
- The Moon
- Windmane
- A New Land
- When The Gods Came
- Seven Roads Come Together
- War
- Halo
- The Wolf
- My Name Is Night
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