Como foi feita a clássica capa do álbum “Bark at the Moon”, de Ozzy Osbourne

Coberto de cabelo e maquiagem protética de losibomem, Madman deu sequência à sua carreira solo após trágica de Randy Rhoads com disco de arte icônica

Ainda se recuperando da morte do guitarrista Randy Rhoads, Ozzy Osbourne deu sequência à sua carreira com “Bark at the Moon”. Lançado em novembro de 1983, o álbum foi o primeiro com Jake E. Lee na vaga do saudoso Rhoads, que havia sido substituído na turnê de 1982 por Bernie Tormé e Brad Gillis.

Clicada por Fin Costello, a capa do terceiro disco solo do Madman é um show à parte. Foi produzida em uma noite gelada de outubro de 1983, no Shepperton Studios, instalação nos arredores de Londres que hospedou filmagens de “Alien”, dois filmes da “Pantera Cor-de-Rosa” e o falso concerto ao vivo do Led Zeppelin usado em “The Song Remains the Same”.

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Ozzy, que precisou ficar coberto de cabelo/maquiagem protética de lobisomem e agachado em uma árvore caída, já havia trabalhado com Costello em seus dois discos de estúdio anteriores, “Blizzard of Ozz” (1980) e “Diary of a Madman” (1981). Outro momento histórico de Costello foi o registro da capa de “Alive!” (1975), do Kiss.

Em entrevista à Revolver Magazine, o fotógrafo lembrou detalhes da sessão.

“Ozzy e Sharon estiveram muito envolvidos. Originalmente o diretor de arte da CBS, Roslav Szaybo, queria usar uma pele de lobo completa, mas Ozzy não ficou muito feliz, queria algo mais extremo. Sharon havia conhecido Greg Cannom, que trabalhou no vídeo de Michael Jackson para ‘Thriller’. Ele fez todos os moldes e peças falsas. Enquanto isso, nos reunimos no pub com uma tonelada de livros. referência de filmes e literatura sobre lobisomens para ter algumas ideias. Entre idas e vindas foi um mês de trabalho.”

Foto: Fin Costello

Frio e longa espera, mas sem reclamação

No dia da sessão de fotos, Ozzy chegou para se maquiar às 6 da manhã, mas os trabalhos só começaram às 22 horas.

“Tudo o que ele vestia era uma meia-calça preta, já que o resto do corpo estava coberto de pelos. Estava congelando, mas nunca reclamou, mesmo depois de cinco horas de registros, a maior parte ao ar livre.”

Foto: Fin Costello

Ozzy Osbourne em dois retratos

A imagem icônica que resultou de tudo isso foi na verdade uma combinação de duas fotografias. O retrato de Ozzy vem da produção de um rolo de filme de 35mm. O plano de fundo da lua foi resgatado de uma sessão anterior, quando Fin Costello havia fotografado toda a banda no Ridge Farm Studios em Surrey – onde o disco foi gravado.

“Foi difícil e parecia mais que o lobisomem havia sido surpreendido pelo fotógrafo. Tecnicamente falando, o resultado é terrível, mas funciona perfeitamente para a proposta em questão. Como o álbum do Kiss, ganhou vida própria depois de todos esses anos.”

Foto: Fin Costello

O sucesso de Bark at the Moon

Mantendo o êxito comercial de seus antecessores, “Bark at the Moon” vendeu mais de 3 milhões de cópias só nos Estados Unidos, onde chegou ao 19º lugar na Billboard 200, principal parada de discos.

Além de marcar a estreia de Jake E. Lee, o registro foi o único de estúdio a contar com o baterista Tommy Aldridge.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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