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Por que há poucos músicos negros no metal, segundo Terrance Hobbs

“Muitos não tiveram tempo, chance ou uma banda que o público tenha notado para dizer: 'ei, tem um cara negro'”, refletiu o guitarrista do Suffocation

O guitarrista do Suffocation, Terrance Hobbs, refletiu sobre a relativa falta de diversidade racial entre os músicos de heavy metal em entrevista ao podcast Landry.Audio. O gênero é dominado principalmente por homens brancos.

Perguntado sobre o motivo de achar que não há mais músicos negros de hard rock e heavy metal, Terrance, conforme transcrito pelo Blabbermouth, disse:

“Não sei. Eles estão por aí, não pense que não. Eu só acho que muitos não tiveram tempo, chance ou uma banda que o público tenha notado para dizer: ‘ei, tem um cara negro’.”

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Em seguida, ele citou bandas de heavy metal com integrantes negros.

“O Entombed tinha um negro na banda. Mesma coisa o Hirax. Tem o Howard Jones, ex-vocalista do Killswitch Engage. Tem o Cyclone Temple, outra banda de Chicago, o Oceano tem um cara negro. Leng Tch’e também. Jesus ​​Piece, da Filadélfia. O Vulvodynia da África do Sul. Os irmãos estão por aí, fazendo muita coisa boa.”

Terrance Hobbs e os negros no metal

Ainda durante o bate-papo, Terrance Hobbs admitiu que não sabia como os envolvidos no mercado musical reagiriam ao fato de ele ser negro e tocar metal.

“Aconteceu de eu pegar uma guitarra quando tinha 10 ou 11 anos. Aos 13, só queria tocar guitarra. Ficava trancado no quarto ouvindo coisas com guitarra, nada de música dançante. Quando estávamos no colégio eu, Frank (Mullen, vocal), Mike Smith (bateria) e Doug Cerrito (guitarra) participamos da batalha das bandas. Todos queríamos tocar música pesada, não importava nossa cor.

A Roadrunner (primeira gravadora do Suffocation), assim como a Nuclear Blast e a Relapse depois, prestou atenção em nós exatamente como éramos. Ficamos felizes, pois não sabíamos como reagiriam, se iam nos fuzilar com olhares após assinar o contrato. Fomos muito afortunados por não termos nenhum desses problemas.”

Racismo no heavy metal

Em 2020, o vocalista do Sepultura, Derrick Green, ressaltou ao Loudwire que o assunto do racismo na indústria da música pode ser difícil de entender se não for algo que afeta você diretamente.

“A menos que realmente experimente isso, é difícil para você realmente imaginar que ocorra. Mas está acontecendo de forma consistente. Existe em todo o mundo.”

Na ocasião, o guitarrista do Bad Wolves, Doc Coyle, concordou.

“Vá a um videoclipe do God Forbid no YouTube, veja os comentários e pergunte a si mesmo se não há racismo no metal. Existe essa ideia de que se eu não experimentei algo, então aquilo não deve existir. Diz muito sobre as limitações da empatia.

Você pode tentar ver o mundo através dos olhos de outra pessoa, mas simplesmente não consegue quando pensa assim. E a verdade é que se alguém passar por isso, mesmo que eu não tenha experimentado, tenho que dar a ele a liberdade de expressar seus sentimentos. Dizer que não existe racismo é a definição de gaslighting.”

O Suffocation lançou o álbum ao vivo “Live in North America” no último dia 12 de novembro. O trabalho de estúdio mais recente da banda é “…Of the Dark Light”, de 2017.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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O guitarrista do Suffocation, Terrance Hobbs, refletiu sobre a relativa falta de diversidade racial entre os músicos de heavy metal em entrevista ao podcast Landry.Audio. O gênero é dominado principalmente por homens brancos.

Perguntado sobre o motivo de achar que não há mais músicos negros de hard rock e heavy metal, Terrance, conforme transcrito pelo Blabbermouth, disse:

“Não sei. Eles estão por aí, não pense que não. Eu só acho que muitos não tiveram tempo, chance ou uma banda que o público tenha notado para dizer: ‘ei, tem um cara negro’.”

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“O Entombed tinha um negro na banda. Mesma coisa o Hirax. Tem o Howard Jones, ex-vocalista do Killswitch Engage. Tem o Cyclone Temple, outra banda de Chicago, o Oceano tem um cara negro. Leng Tch’e também. Jesus ​​Piece, da Filadélfia. O Vulvodynia da África do Sul. Os irmãos estão por aí, fazendo muita coisa boa.”

Terrance Hobbs e os negros no metal

Ainda durante o bate-papo, Terrance Hobbs admitiu que não sabia como os envolvidos no mercado musical reagiriam ao fato de ele ser negro e tocar metal.

“Aconteceu de eu pegar uma guitarra quando tinha 10 ou 11 anos. Aos 13, só queria tocar guitarra. Ficava trancado no quarto ouvindo coisas com guitarra, nada de música dançante. Quando estávamos no colégio eu, Frank (Mullen, vocal), Mike Smith (bateria) e Doug Cerrito (guitarra) participamos da batalha das bandas. Todos queríamos tocar música pesada, não importava nossa cor.

A Roadrunner (primeira gravadora do Suffocation), assim como a Nuclear Blast e a Relapse depois, prestou atenção em nós exatamente como éramos. Ficamos felizes, pois não sabíamos como reagiriam, se iam nos fuzilar com olhares após assinar o contrato. Fomos muito afortunados por não termos nenhum desses problemas.”

Racismo no heavy metal

Em 2020, o vocalista do Sepultura, Derrick Green, ressaltou ao Loudwire que o assunto do racismo na indústria da música pode ser difícil de entender se não for algo que afeta você diretamente.

“A menos que realmente experimente isso, é difícil para você realmente imaginar que ocorra. Mas está acontecendo de forma consistente. Existe em todo o mundo.”

Na ocasião, o guitarrista do Bad Wolves, Doc Coyle, concordou.

“Vá a um videoclipe do God Forbid no YouTube, veja os comentários e pergunte a si mesmo se não há racismo no metal. Existe essa ideia de que se eu não experimentei algo, então aquilo não deve existir. Diz muito sobre as limitações da empatia.

Você pode tentar ver o mundo através dos olhos de outra pessoa, mas simplesmente não consegue quando pensa assim. E a verdade é que se alguém passar por isso, mesmo que eu não tenha experimentado, tenho que dar a ele a liberdade de expressar seus sentimentos. Dizer que não existe racismo é a definição de gaslighting.”

O Suffocation lançou o álbum ao vivo “Live in North America” no último dia 12 de novembro. O trabalho de estúdio mais recente da banda é “…Of the Dark Light”, de 2017.

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João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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