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Eclipse lança o álbum “Wired” e mostra que sua fórmula hard rock não se desgasta

Décimo disco da carreira da banda sueca volta a apostar em hard rock feito para arenas, repleto de melodias grudentas

O Eclipse, banda sueca de hard rock, lançou nas plataformas digitais seu 10º álbum de estúdio. Intitulado “Wired”, o disco chega pela gravadora Frontiers Music Srl.

Formado por Erik Mårtensson (vocal e guitarra), Magnus Henriksson (guitarra), Philip Crusner (bateria) e Victor Crusner (baixo), o grupo celebra seu 20º aniversário com este novo trabalho. Embora o projeto tenha sido criado em 1999, seu primeiro álbum, “The Truth and a Little More”, saiu em 2001.

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Ouça “Wired” abaixo, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas. Confira breve resenha na sequência.

A proposta sonora de “Wired” não é nada diferente do que os fãs já ouviram do Eclipse: hard rock ganchudo, de forte abordagem melódica, do jeito que outras bandas suecas também fazem com maestria. Os músicos já haviam adiantado, em nota, que a sonoridade seria bem festiva, como um contraponto ao terror vivenciado pelo mundo durante a pandemia.

“Por todo o mundo, as pessoas têm cooperado com essa bagunça de seu próprio jeito. Nosso jeito é focar nos bons tempos que virão, que acreditamos que virão através das músicas que criamos. Ainda bem que não sabíamos o quanto iria demorar quando começamos, ou teríamos feito uma ópera rock. Provavelmente é melhor deixar isso para outros…”

É sempre importante lembrar como a Suécia se tornou, nas últimas quatro ou cinco décadas, um verdadeiro celeiro de artistas, compositores e produtores com faro aguçado para o pop. Não é diferente com Erik Mårtensson, que, além de ser um grande cantor, assina a criação das músicas do Eclipse.

Como diferencial, dá para apontar que “Wired” tem um timbre de guitarra ligeiramente mais encorpado e soa mais convencional do que “Paradigm” (2019), álbum anterior, responsável por explorar um pouco mais influências épicas – uma pitadinha folk, por assim dizer. No novo disco, a “fórmula Mårtensson”, também explorada no projeto paralelo W.E.T., surge da forma clássica, como a conhecemos no passado.

Impressiona, aliás, o fato de tal método de composição não se desgastar. Da arrasadora abertura “Roses on Your Grave” ao encerramento “Dead Inside” (com referências óbvias a “Wild Child”, hit do W.A.S.P.), o disco traz acertos atrás de acertos.

Além das faixas já mencionadas, são dignas de nota o hino hard rock “Saturday Night (Hallelujah)”, a cadenciada “Run for Cover” e a intensa “Bite the Bullet”. Curiosamente, só as baladas não soam tão legais – parecem nunca chegar ao clímax -, mas essas estão em visível minoria na tracklist.

No geral, “Wired” chega para compor uma discografia extremamente regular, praticamente sem pontos baixos. Que a fórmula Mårtensson siga em prática.

O álbum está em minha playlist de lançamentos, atualizada semanalmente. Siga e dê o play:

Eclipse – “Wired”

  1. Roses On Your Grave
  2. Dying Breed
  3. Saturday Night (Hallelujah)
  4. Run For Cover
  5. Carved In Stone
  6. Twilight
  7. Poison Inside My Heart
  8. Bite The Bullet
  9. We Didn’t Come To Lose
  10. Things We Love
  11. Dead Inside (CD and Digital Exclusive Bonus Track)
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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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