Guilherme Arantes lança o álbum “A Desordem dos Templários”, gravado na Espanha; ouça

Resultado de uma desilusão com o meio musical, álbum junta rock progressivo e temas medievais, renascentistas e barrocos, entre outros

O cantor e compositor Guilherme Arantes lançou seu novo álbum, “A Desordem dos Templários”, nas plataformas digitais. Trata-se do primeiro disco de inéditas do artista desde “Flores e Cores”, de 2017.

O trabalho nasceu por acaso, a partir de um planejamento que não envolvia música: Arantes pretendia passar quatro meses na Espanha estudando compositores barrocos e visitando locais turísticos.

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Veio a pandemia, um problema na coluna cervical e uma “depressão de carreira”, nas palavras do próprio. Os quatro meses já duraram mais de um ano. Foi aí que nasceu “A Desordem dos Templários”, que também foi gravado na Espanha – o artista mora na pequena cidade de Ávila, ao norte da capital do país.

Ouça “A Desordem dos Templários”, a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas.

Arantes decidiu deixar o Brasil após notar que a cena musical do país está, em sua visão, longe do que era no auge do sucesso dele. Em meio a esse clima de desilusão, o compositor se voltou para clássicos do passado – tanto dele, como a paixão pelo rock progressivo, quanto da música como um todo, com um olhar sob composições barrocas.

Em entrevista ao jornal O Tempo, ele comentou:

“Caí na real que a nossa geração não apita mais. Nossa referência de beleza musical não vale mais nada. O mundo virou um grande megafone, cheio de lugar de fala. Bob Dylan lança disco, ganha prêmio, mas não tem aquela força igual a ‘Hurricane’ (canção de 1975) tocando no rádio direto Pensei: será que alguém se interessa por um cantor e seu piano com canções angustiadas? Foi uma depressão de carreira.”

As gravações de “A Desordem dos Templários” foram realizadas na Sala Sinfônica do Centro de Exposições e Congressos Lienzo Norte, em Ávila. O local é conhecido pela acústica diferenciada.

Como proposta, o álbum busca fundir sons e épocas, indo do pop e do rock progressivo até sonoridades medievais, renascentistas e barrocas. A temática das letras também reflete o que vivencia o artista no momento, com influência da espiritualidade de locais que conheceu na Espanha.

Em material de divulgação, o músico ainda declara ter explorado elementos como o lundu, a valsa, a modinha, a bossa nova, a toada ternária mineira e o baião.

O álbum está em minha playlist de lançamentos, atualizada sempre às sextas-feiras. Siga e dê o play:

Guilherme Arantes – “A Desordem dos Templários”

  1. El Rastro
  2. A Razão Maior
  3. A Desordem dos Templários
  4. Nenhum Sinal de Sol
  5. Vinheta do Templário
  6. A Cordilheira
  7. Estrela-Mãe
  8. Toda Aflição do Mundo
  9. Nossa Imensidão a Dois
  10. Kyrie (Instrumental)
  11. Across the Abyss
  12. A Cordilheira (Instrumental)
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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

1 COMENTÁRIO

  1. já escutei e gostei muito como a maioria da obra dele, um dos maiores nomes da musica cantada em lingua portuguesa, o “chopin da radio am” segundo ed motta, um genio musical que já transitou por varios estilos sempre com elegancia e musicalidade acima da media, um artista criminalmente subestimado na era de musica biodegradável de streamings ouvida por mentes limítrofes sem cultura e educação

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