Os primeiros shows da turnê de reunião do Helloween com Michael Kiske e Kai Hansen, em 2017, tiveram alguns momentos estranhos. Nessas ocasiões, Kiske utilizou playback de forma clara em seus vocais.
Aparentemente, isso se repetiu apenas pelos primeiros shows da turnê, chamada “Pumpkins United”. O vídeo abaixo, por exemplo, mostra especialmente a partir do 5° minuto que o cantor não estava acostumado com o playback.
Agora, em entrevista ao site espanhol Metal Journal, Kiske explicou que os motivos que o levaram a usar tal recurso estavam relacionados a sua saúde. Uma nota divulgada pela banda na época já dava conta de que o artista não estava bem naquele período, mas agora ele próprio falou sobre o assunto.
Michael Kiske revelou ter sofrido de infecção que quase o fez cancelar alguns shows, algo que não queria fazer naquele momento. Hoje, ele se arrepende de não ter adiado aquelas apresentações, pois o uso do playback causou uma má impressão bem pior do que a não-realização daquelas performances.
“Nunca fiz nada assim e nunca farei de novo. Foi uma situação onde os empresários e a banda quiseram que eu fizesse isso. Foi uma fase muito difícil. Eu estava tão desesperado, vocês nem imaginam. Você faz essa reunião depois de 23 anos ou seja lá quanto tempo foi, você vende ingressos para grandes arenas e grandes lugares. Tudo está perfeito. Mas você tem uma infecção nas cordas vocais e não pode cantar. Foi um teste muito pesado.”
Cirurgia nas cordas vocais de Michael Kiske
O problema de saúde era tão sério que algum tempo depois, em 2019, Michael Kiske precisou operar as cordas vocais para retirar uma “bola” que surgiu na região.
Segundo o vocalista, a cirurgia foi necessária devido a ele não ter se cuidado da forma correta no início da infecção. Tudo correu bem, mas Kiske realmente quase ficou sem poder cantar.
“Depois dessa turnê, mais ou menos um ano depois, em 2019, eu tive um grande… eu não sei como vocês chamam isso. Próximo da área vocal, você tem essa tireoide – não sei como se chama –, esse órgão, e havia uma grande bola ali, que precisou ser removida com uma cirurgia.
Foi muito arriscado, porque eles tiveram que cortar a área onde há um nervo das suas cordas vocais, e o médico disse: ‘se eu cortar errado, você não vai mais poder cantar’. Então foi uma experiência ‘agradável’.”
Felizmente o problema na garganta de Michael Kiske se resolveu e a turnê de reunião ao lado de Kai Hansen e Andi Deris nos vocais seguiu, com direito a um álbum ao vivo, “United Alive”, lançado em 2020.
Agora, a formação atual da banda – um septeto que inclui Kiske, Deris, Hansen, os guitarristas Michael Weikath e Sascha Gerstner, o baixista Markus Grosskopf e o baterista Dani Löble – se prepara para lançar um álbum homônimo. O trabalho chega a público no próximo mês de junho.
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