Há quem reclame dos vocais de Tobias Forge, o líder do Ghost. Embora sua banda seja um dos grandes destaques da música pesada atualmente, o cantor assumiu o microfone principal por acaso, já que não conseguia encontrar um frontman legítimo.
O que Tobias Forge pensa sobre sua própria voz? Em entrevista ao canal do Loudwire no YouTube, em 2019, ele não demonstrou ser tão fã do próprio canto, mas destacou que tem uma performance acima do esperado devido às máscaras que utiliza no palco.
“O grande problema com o conceito é que, com a idade, desenvolvi uma pequena claustrofobia que não é legal. Honestamente, canto melhor do que a máscara e a maquiagem me permitem. Isso é irritante.”
Forge destacou que não percebia isso no início, pela falta de experiência, mas que nota agora, por estar cantando melhor – e não notar a evolução no palco.
“Eu me coloco em uma situação onde uso chinelos para jogar futebol. É irritante. Nos outros departamentos, tentamos maximizar e entrar nessa de ‘banda de arena’, onde estamos atualmente. É ruim estar limitado. Vamos ver no que isso implica no futuro, mas, sim, se houver alguma mudança, esse é o motivo.”
Tentativa de vocalista para o Ghost no passado
Por ser um músico bem habilidoso, Tobias Forge tem consciência de suas limitações. Por isso, logo no início do Ghost, ele buscou vocalistas para integrarem o projeto.
A primeira escolha para os vocais da banda era Messiah Marcolin, ex-integrante do Candlemass, mas Messiah recusou o convite. Tobias Forge, então, tentou Mats Levén (Candlemass, Yngwie Malmsteen), que também não aceitou fazer parte da banda.
A terceira opção era Christer Göransson, do Mindless Sinner. A resposta para o convite foi: “tenho minha prórpia banda e isso parece meio idiota'”, segundo Forge. A quarta e última tentativa foi JB Christoffersson, do Grand Magus. Com a negativa, Tobias, que é guitarrista de origem, assumiu os vocais por conta própria.
Futuro com Tobias Forge na guitarra?
Embora tenha evoluído nos vocais, Tobias Forge não descarta seguir com outro vocalista no Ghost. Isso o faria dedicar-se integralmente às guitarras e às composições.
Em entrevista à rádio 101 WKQX, com transcrição do Blabbermouth, em 2019, ele refletiu:
“O tempo que passei em segundo plano, de 2006 em diante, quando o Ghost apareceu na minha cabeça, minha ideia era só tocar guitarra. Eu queria compor tudo e fazer backing vocals, mas sendo o guitarrista. Isso sempre esteve na minha cabeça, pois sou um guitarrista. Não é estranho agora, pois, agora, me acostumei com os vocais, mas em um futuro alternativo, se rolasse de qualquer forma, eu me imaginaria chamando alguém para cantar e assumindo a guitarra.”