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Fórmula gasta? Por que o Strokes quer o fim do blues rock

Logo após conquistar o Grammy de Melhor álbum de rock com “The New Abnormal” (2020), novo álbum do Strokes, o vocalista Julian Casablanca refletiu sobre os rumos do rock para os próximos anos - e desejou o fim do chamado blues rock.

Julian Casablancas deu uma declaração polêmica sobre um gênero amado em todo o mundo. O vocalista do Strokes, banda que acabou de vencer um Grammy de Melhor álbum de rock com “The New Abnormal” (2020), refletiu sobre os rumos do rock para os próximos anos e desejou o fim do chamado blues rock.

Durante entrevista após a premiação, publicada pela Rolling Stone, o frontman da banda deixou claro que não acredita que o rock esteja morto. Porém, segundo ele, o estilo precisa explorar outras influências.

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Questionado sobre a sobrevivência do rock logo após a vitória do Strokes no Grammy, Julian Casablancas deu uma resposta positiva, mas não deixou de alfinetar um dos gêneros mais fundamentais na gênese do rock como o conhecemos hoje.

“Eu acho que as pessoas que dizem que as coisas estão ‘mortas’, eu sinto que isso significa que a imaginação delas possivelmente morreu. Há espaço para tantos gêneros musicais – não necessariamente blues rock, por favor, chega disso.”

Casablancas explicou sua crítica, querendo dizer que é contra a “emulação” de uma sonoridade antiga, algo que, de fato, é muito popular atualmente.

“Tudo o que é batido, a tendência é que essas coisas sejam extintas e você evolui a partir dessas coisas. Mas o que isso significa, como vai ser chamado, quem sabe como isso vai ser chamado? O rock and roll deveria definitivamente parar de ser feito como era antes, não precisamos mais disso.”

Strokes e “The New Abnormal”

Sucessor de “Comedown Machine” (2013), “The New Abnormal” marca o fim de 7 anos sem um álbum de inéditas do Strokes. O material foi divulgado em abril de 2020.

As músicas presentes no disco começaram a ser compostas ainda em 2016, após o EP “Future Present Past” (2016) ter sido lançado. Os músicos convocaram o renomado produtor Rick Rubin (Beastie Boys, Run-DMC, Adele, Metallica, Slayer, Red Hot Chili Peppers, etc) para comandar as gravações.

Apesar de seguir o costume de flertar com outras vertentes, “The New Abnormal” tem sido considerado, por muitos, o álbum mais “saudosista” dos Strokes. Várias músicas parecem referenciar os velhos tempos da banda, que estourou mundialmente com os discos “Is This It” (2001) e “Room on Fire” (2003).

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

2 COMENTÁRIOS

  1. Falou a Banda que mais emulou Rolling Stones e o pior que o Punk produziu, mil vezes os Black Crowes e sua sonoridade blues rock do que os Strokes. Claro que precisamos “evoluir”, mas em matéria de Rock Strokes nunca significou alguma evolução, e sim uma grata surpresa frente as paradas da época em que surgiu.

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Logo após conquistar o Grammy de Melhor álbum de rock com “The New Abnormal” (2020), novo álbum do Strokes, o vocalista Julian Casablanca refletiu sobre os rumos do rock para os próximos anos - e desejou o fim do chamado blues rock.

Julian Casablancas deu uma declaração polêmica sobre um gênero amado em todo o mundo. O vocalista do Strokes, banda que acabou de vencer um Grammy de Melhor álbum de rock com “The New Abnormal” (2020), refletiu sobre os rumos do rock para os próximos anos e desejou o fim do chamado blues rock.

Durante entrevista após a premiação, publicada pela Rolling Stone, o frontman da banda deixou claro que não acredita que o rock esteja morto. Porém, segundo ele, o estilo precisa explorar outras influências.

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“Eu acho que as pessoas que dizem que as coisas estão ‘mortas’, eu sinto que isso significa que a imaginação delas possivelmente morreu. Há espaço para tantos gêneros musicais – não necessariamente blues rock, por favor, chega disso.”

Casablancas explicou sua crítica, querendo dizer que é contra a “emulação” de uma sonoridade antiga, algo que, de fato, é muito popular atualmente.

“Tudo o que é batido, a tendência é que essas coisas sejam extintas e você evolui a partir dessas coisas. Mas o que isso significa, como vai ser chamado, quem sabe como isso vai ser chamado? O rock and roll deveria definitivamente parar de ser feito como era antes, não precisamos mais disso.”

Strokes e “The New Abnormal”

Sucessor de “Comedown Machine” (2013), “The New Abnormal” marca o fim de 7 anos sem um álbum de inéditas do Strokes. O material foi divulgado em abril de 2020.

As músicas presentes no disco começaram a ser compostas ainda em 2016, após o EP “Future Present Past” (2016) ter sido lançado. Os músicos convocaram o renomado produtor Rick Rubin (Beastie Boys, Run-DMC, Adele, Metallica, Slayer, Red Hot Chili Peppers, etc) para comandar as gravações.

Apesar de seguir o costume de flertar com outras vertentes, “The New Abnormal” tem sido considerado, por muitos, o álbum mais “saudosista” dos Strokes. Várias músicas parecem referenciar os velhos tempos da banda, que estourou mundialmente com os discos “Is This It” (2001) e “Room on Fire” (2003).

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André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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  1. Falou a Banda que mais emulou Rolling Stones e o pior que o Punk produziu, mil vezes os Black Crowes e sua sonoridade blues rock do que os Strokes. Claro que precisamos “evoluir”, mas em matéria de Rock Strokes nunca significou alguma evolução, e sim uma grata surpresa frente as paradas da época em que surgiu.

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