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Como foi formado o Gorillaz, a primeira banda virtual da história

O Gorillaz fez história ao se tornar a primeira banda virtual da história. Estreando em 2001 com seu álbum homônimo, o projeto fez enorme sucesso no início do século 21. Como o grupo surgiu? Há duas histórias: a real e a fictícia.

O Gorillaz fez história ao se tornar a primeira banda virtual da história. Estreando em 2001 com seu álbum homônimo, o projeto fez enorme sucesso no início do século 21 e segue em atividade nos dias de hoje.

Você sabe como o Gorillaz foi criado? Há duas histórias: a real e a fictícia, que é ainda mais impressionante e foi construída ao longo dos álbuns lançados.

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O projeto foi concebido pelo músico Damon Albarn, vocalista e guitarrista do Blur, e o desenhista Jamie Hewlett. Os dois dividiam um apartamento em 1997 e se sentiram inspirados pela MTV, que dominava o mercado musical naquele período.

Os criadores explicaram a situação da cena musical daquela época em entrevista para a rádio Hot 97, em 2017. Como declarou Albarn, tudo era “fabricado”, artificial, por causa da MTV. Então, nada mais justo do que levar aquilo a outro nível com o Gorillaz.

“Esse período era o começo da explosão daquele tipo de boy bands… e aquilo parecia tão fabricado. E nós ficamos tipo: ‘bem, vamos fazer uma banda fabricada, mas fazê-la um tanto interessante’.”

Os músicos envolvidos

Os donos do projeto são Albarn, que canta e grava diversos instrumentos, e Hewlett, que cuida de toda a parte visual. Há, claro, outros colaboradores em ambos os segmentos: musical e estético.

O álbum de estreia, por exemplo, conta com Junior Dan no baixo, Jason Cox e Tom Girling na bateria e programação, Dan the Automator e Kid Koala nos samples e discotecagem, bem como outros convidados.

Danger Mouse, conhecido produtor, ofereceu percussão e programação de bateria no segundo disco, “Demon Days”. A lista de colaboradores nesse trabalho cresceu consideravelmente, incluindo até mesmo instrumentistas de música clássica.

Entre os convidados de outros álbuns, há nomes do porte de Snoop Dogg, Bobby Womack, Mark E. Smith, Lou Reed, Mick Jones (The Clash), De La Soul, Carly Simon, Grace Jones, George Benson, Beck, St. Vincent, Elton John e por aí vai. A lista é imensa.

Ao vivo, também há músicos tocando por trás das animações. Damon Albarn, geralmente, assume vocais, piano, guitarra e violão. A formação atual de turnês inclui ainda Jeff Wootton na guitarra, Seye Adelekan no baixo, Mike Smith e Jesse Hackett nos teclados, Femi Koleoso na bateria e Remi Kabaka Jr na percussão.

A história (fictícia) do Gorillaz

O Gorillaz em 2001 – da esquerda para a direita: o baixista Murdoc Niccals, o vocalista 2D, a guitarrista Noodle e o baterista Russel Hobbs

A história do Gorillaz em sua própria realidade alternativa é cheia de detalhes e explicações absurdas, para o nosso mundo. A trajetória fictícia tem sido detalhada por meio de de vídeos, “entrevistas” com os membros da banda e até mesmo tours virtuais pelo Kong Studios, local também virtual onde os integrantes gravam seus trabalhos.

A trajetória é dividida em fases, cada uma representando os eventos que acontecem nos álbuns. Vale lembrar que o projeto já lançou sete discos: “Gorillaz” (2001), “Demon Days” (2005), “Plastic Beach” (2010), “The Fall” (2010), “Humanz” (2017), “The Now Now” (2018) e “Song Machine, Season One: Strange Timez” (2020).

Tudo começa com o baixista Murdoc Niccals, um satanista que veio de Stoke-On-Trent, cidade da Inglaterra. Enquanto tentava roubar equipamentos de estúdio, ele conhece Stu Pot, mais conhecido como 2D.

Em vez de ser preso pelo roubo, Murdoc é “condenado” a cuidar de 2D, que ele descobre ser um bom vocalista. A dupla acabaria conhecendo o baterista Russel Hobbs, que esteve envolvido em um tiroteio e perseguição onde seu amigo Del foi morto.

Del acabou possuindo o corpo de Russel, que foi sequestrado por Murdoc e recrutado para a banda.

Completando a formação, a pequena Noodle, então com 8 anos de idade, viu um anúncio da banda procurando por um guitarrista. Ela enviou a si própria pelo correio, de Osaka, no Japão, até o Kong Studios. Estava formado, assim, o Gorillaz.

A partir dos próximos lançamentos, os eventos ficam ainda mais complexos, com reviravoltas, possíveis mortes e novos locais fantásticos sendo descobertos.

O trabalho mais recente da banda é “Song Machine, Season One: Strange Timez”, de 2020, que aposta ainda mais em vídeos e episódios sobre os acontecimentos na realidade alternativa onde o grupo existe. Vale a pena conhecer e acompanhar toda a trajetória.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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O Gorillaz fez história ao se tornar a primeira banda virtual da história. Estreando em 2001 com seu álbum homônimo, o projeto fez enorme sucesso no início do século 21. Como o grupo surgiu? Há duas histórias: a real e a fictícia.

O Gorillaz fez história ao se tornar a primeira banda virtual da história. Estreando em 2001 com seu álbum homônimo, o projeto fez enorme sucesso no início do século 21 e segue em atividade nos dias de hoje.

Você sabe como o Gorillaz foi criado? Há duas histórias: a real e a fictícia, que é ainda mais impressionante e foi construída ao longo dos álbuns lançados.

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O projeto foi concebido pelo músico Damon Albarn, vocalista e guitarrista do Blur, e o desenhista Jamie Hewlett. Os dois dividiam um apartamento em 1997 e se sentiram inspirados pela MTV, que dominava o mercado musical naquele período.

Os criadores explicaram a situação da cena musical daquela época em entrevista para a rádio Hot 97, em 2017. Como declarou Albarn, tudo era “fabricado”, artificial, por causa da MTV. Então, nada mais justo do que levar aquilo a outro nível com o Gorillaz.

“Esse período era o começo da explosão daquele tipo de boy bands… e aquilo parecia tão fabricado. E nós ficamos tipo: ‘bem, vamos fazer uma banda fabricada, mas fazê-la um tanto interessante’.”

Os músicos envolvidos

Os donos do projeto são Albarn, que canta e grava diversos instrumentos, e Hewlett, que cuida de toda a parte visual. Há, claro, outros colaboradores em ambos os segmentos: musical e estético.

O álbum de estreia, por exemplo, conta com Junior Dan no baixo, Jason Cox e Tom Girling na bateria e programação, Dan the Automator e Kid Koala nos samples e discotecagem, bem como outros convidados.

Danger Mouse, conhecido produtor, ofereceu percussão e programação de bateria no segundo disco, “Demon Days”. A lista de colaboradores nesse trabalho cresceu consideravelmente, incluindo até mesmo instrumentistas de música clássica.

Entre os convidados de outros álbuns, há nomes do porte de Snoop Dogg, Bobby Womack, Mark E. Smith, Lou Reed, Mick Jones (The Clash), De La Soul, Carly Simon, Grace Jones, George Benson, Beck, St. Vincent, Elton John e por aí vai. A lista é imensa.

Ao vivo, também há músicos tocando por trás das animações. Damon Albarn, geralmente, assume vocais, piano, guitarra e violão. A formação atual de turnês inclui ainda Jeff Wootton na guitarra, Seye Adelekan no baixo, Mike Smith e Jesse Hackett nos teclados, Femi Koleoso na bateria e Remi Kabaka Jr na percussão.

A história (fictícia) do Gorillaz

O Gorillaz em 2001 – da esquerda para a direita: o baixista Murdoc Niccals, o vocalista 2D, a guitarrista Noodle e o baterista Russel Hobbs

A história do Gorillaz em sua própria realidade alternativa é cheia de detalhes e explicações absurdas, para o nosso mundo. A trajetória fictícia tem sido detalhada por meio de de vídeos, “entrevistas” com os membros da banda e até mesmo tours virtuais pelo Kong Studios, local também virtual onde os integrantes gravam seus trabalhos.

A trajetória é dividida em fases, cada uma representando os eventos que acontecem nos álbuns. Vale lembrar que o projeto já lançou sete discos: “Gorillaz” (2001), “Demon Days” (2005), “Plastic Beach” (2010), “The Fall” (2010), “Humanz” (2017), “The Now Now” (2018) e “Song Machine, Season One: Strange Timez” (2020).

Tudo começa com o baixista Murdoc Niccals, um satanista que veio de Stoke-On-Trent, cidade da Inglaterra. Enquanto tentava roubar equipamentos de estúdio, ele conhece Stu Pot, mais conhecido como 2D.

Em vez de ser preso pelo roubo, Murdoc é “condenado” a cuidar de 2D, que ele descobre ser um bom vocalista. A dupla acabaria conhecendo o baterista Russel Hobbs, que esteve envolvido em um tiroteio e perseguição onde seu amigo Del foi morto.

Del acabou possuindo o corpo de Russel, que foi sequestrado por Murdoc e recrutado para a banda.

Completando a formação, a pequena Noodle, então com 8 anos de idade, viu um anúncio da banda procurando por um guitarrista. Ela enviou a si própria pelo correio, de Osaka, no Japão, até o Kong Studios. Estava formado, assim, o Gorillaz.

A partir dos próximos lançamentos, os eventos ficam ainda mais complexos, com reviravoltas, possíveis mortes e novos locais fantásticos sendo descobertos.

O trabalho mais recente da banda é “Song Machine, Season One: Strange Timez”, de 2020, que aposta ainda mais em vídeos e episódios sobre os acontecimentos na realidade alternativa onde o grupo existe. Vale a pena conhecer e acompanhar toda a trajetória.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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