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7 covers incríveis de músicas do saudoso Peter Green

Peter Green foi um dos músicos mais folclóricos do rock dos anos 1960. É um dos fundadores do Fleetwood Mac, banda que só despontou para o sucesso anos depois de sua saída, em 1970. O guitarrista e vocalista sofria de esquizofrenia e tinha problemas com drogas, o que resultou não só em sua ruptura com o grupo, como, também, em seu afastamento da música por um bom tempo.

Ele morreu neste fim de semana, aos 73 anos, conforme noticiado por sua própria família. A causa não foi revelada, mas já era de conhecimento público a fragilidade da saúde de Peter Green.

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Sua obra não é tão celebrada em larga escala porque além do Fleetwood Mac ter feito real sucesso só depois de sua saída, os problemas de saúde mental fizeram de Peter Green um artista não muito produtivo. Após 1970, foram lançados álbuns solo, especialmente entre o fim da década de 70 e início dos anos 80, e alguns trabalhos com o Peter Green Splinter Group, já nos anos 90 e 2000, mas em uma regularidade bem menor.

Por outro lado, embora não seja exatamente conhecido pelo grande público, Green foi uma espécie de herói subterrâneo do rock, especialmente do blues rock. Seu trabalho como compositor e guitarrista chamou atenção e influenciou muita gente de peso, como Eric Clapton, Aerosmith, Judas Priest, Gary Moore, Oasis e por aí vai.

A lista de influenciados é imensa, mas pode ser sintetizada com a quantidade de regravações que esses e outros artistas fizeram de suas canções. Por isso, separei, a seguir, 7 covers que já fizeram das músicas de Peter Green.

‘Black Magic Woman’ (versão do Santana)

Quase ninguém sabe, mas ‘Black Magic Woman’, um dos maiores sucessos de Santana, a banda do guitarrista Carlos Santana, tem autoria de Peter Green. A música foi lançada pelo Fleetwood Mac como single, em 1968, e apareceu em coletâneas como ‘English Rose’ e ‘The Pious Bird of Good Omen’, ambas de 1969.

Em 1970, Carlos Santana e seus parceiros resolveram regravar a música, com o tempero próprio de world music que só o guitarrista mexicano poderia oferecer. Saiu no álbum ‘Abraxas’ (1970), emendada com ‘Gypsy Queen’ (cover de Gábor Szabó), e virou um dos grandes hits de sua banda.

‘Stop Messin’ Around’ (versão do Aerosmith)

Um dos músicos famosos que mais comentam sobre Peter Green por aí é Joe Perry, guitarrista do Aerosmith. Não à toa, Perry toca e assume os vocais de uma versão para ‘Stop Messin’ Around’, tocada em vários shows da banda e lançada oficialmente no álbum de regravações ‘Honkin’ on Bobo’ (2004).

A original, do Fleetwood Mac, saiu inicialmente como single e, depois, foi incluída no álbum ‘Mr. Wonderful’, de 1968. Além do Aerosmith, bandas e artistas como Gary Moore e Kim Simmonds (Savoy Brown) já regravaram a canção.

‘The Green Manalishi (With the Two Pronged Crown)’ (versão do Judas Priest)

A última composição de Peter Green para o Fleetwood Mac, lançada como single e presente apenas em reedições e coletâneas dos primeiros álbuns da banda, se tornou bastante popular no meio do heavy metal graças ao Judas Priest. O quinteto do vocalista Rob Halford regravou a canção para o álbum ‘Hell Bent for Leather’ (1979), a edição americana de ‘Killing Machine’ (1978), e entrou para o setlist de várias turnês do grupo.

O Priest também incluiu ‘The Green Manalishi’ no álbum ao vivo ‘Unleashed in the East’ (1979), que se tornou um “live” clássico do heavy metal. Outras bandas como Melvins, Corrosion of Conformity e Arthur Brown já regravaram a canção.

‘Oh Well’ (versão de Jimmy Page e The Black Crowes)

Seria até fácil escolher qual versão de ‘Oh Well’ incluir nessa lista. A faixa, divulgada como single e presente na versão americana revisada do álbum ‘Then Play On’ (1969), já ganhou regravações e versões ao vivo de nomes como Tom Petty, Billy Gibbons (ZZ Top), Kenny Wayne Shepherd, Haim, Jason Isbell e Ratt, só para citar alguns.

Porém, a adaptação feita por Jimmy Page e The Black Crowes no álbum ao vivo ‘Live at the Greek’ (2000) tem uma pegada especial. É curioso, inclusive, observar como Page, um contemporâneo de Green, foi influenciado pelo lendário músico.

‘Lazy Poker Blues’ (versão do Status Quo)

O Status Quo é outra banda que absorveu muito do legado deixado por Peter Green e seu embrionário Fleetwood Mac. Até por isso, a regravação de ‘Lazy Poker Blues’ para o álbum ‘Ma Kelly’s Greasy Spoon’ (1970) soa mais natural do que se espera.

A faixa integra, originalmente, a tracklist de ‘Mr. Wonderful’, do Fleetwood Mac.

‘Rattlesnake Shake’ (versão do Aerosmith)

E dá-lhe Aerosmith novamente na lista. O vocalista Steven Tyler também é fã declarado de Peter Green e chegou a participar de um tributo realizado ao músico, em fevereiro deste ano, em Londres.

Na ocasião, Tyler cantou, ao lado de Billy Gibbons, a música ‘Rattlesnake Shake’ – que fazia parte do repertório dos primeiros shows feitos pelo Aerosmith, lá em 1971. Uma versão ao vivo da canção, gravada naqueles tempos, está presente na coletânea ‘Pandora’s Box’, de 1991.

‘If You Be My Baby’ (versão de Gary Moore)

Por último, mas não menos importante, gostaria de destacar não apenas a versão de ‘If You Be My Baby’ feita pelo incrível Gary Moore como, também, todo o álbum ‘Blues for Greeny’ (1995). Sim: Moore era tão fã de Peter Green que lançou um disco apenas com regravações de suas músicas.

A idolatria não para por aí. Para este álbum, Gary Moore utilizou a mesma guitarra Gibson Les Paul Standard 1959 que Peter Green usava nos tempos de Fleetwood Mac. Moore foi o feliz comprador do instrumento, que ficou com ele até sua morte, em 2011. Depois, rodou por um tempo até chegar a Kirk Hammett, do Metallica, que adquiriu o modelo em 2016 por US$ 2 milhões.


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Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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Peter Green foi um dos músicos mais folclóricos do rock dos anos 1960. É um dos fundadores do Fleetwood Mac, banda que só despontou para o sucesso anos depois de sua saída, em 1970. O guitarrista e vocalista sofria de esquizofrenia e tinha problemas com drogas, o que resultou não só em sua ruptura com o grupo, como, também, em seu afastamento da música por um bom tempo.

Ele morreu neste fim de semana, aos 73 anos, conforme noticiado por sua própria família. A causa não foi revelada, mas já era de conhecimento público a fragilidade da saúde de Peter Green.

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Sua obra não é tão celebrada em larga escala porque além do Fleetwood Mac ter feito real sucesso só depois de sua saída, os problemas de saúde mental fizeram de Peter Green um artista não muito produtivo. Após 1970, foram lançados álbuns solo, especialmente entre o fim da década de 70 e início dos anos 80, e alguns trabalhos com o Peter Green Splinter Group, já nos anos 90 e 2000, mas em uma regularidade bem menor.

Por outro lado, embora não seja exatamente conhecido pelo grande público, Green foi uma espécie de herói subterrâneo do rock, especialmente do blues rock. Seu trabalho como compositor e guitarrista chamou atenção e influenciou muita gente de peso, como Eric Clapton, Aerosmith, Judas Priest, Gary Moore, Oasis e por aí vai.

A lista de influenciados é imensa, mas pode ser sintetizada com a quantidade de regravações que esses e outros artistas fizeram de suas canções. Por isso, separei, a seguir, 7 covers que já fizeram das músicas de Peter Green.

‘Black Magic Woman’ (versão do Santana)

Quase ninguém sabe, mas ‘Black Magic Woman’, um dos maiores sucessos de Santana, a banda do guitarrista Carlos Santana, tem autoria de Peter Green. A música foi lançada pelo Fleetwood Mac como single, em 1968, e apareceu em coletâneas como ‘English Rose’ e ‘The Pious Bird of Good Omen’, ambas de 1969.

Em 1970, Carlos Santana e seus parceiros resolveram regravar a música, com o tempero próprio de world music que só o guitarrista mexicano poderia oferecer. Saiu no álbum ‘Abraxas’ (1970), emendada com ‘Gypsy Queen’ (cover de Gábor Szabó), e virou um dos grandes hits de sua banda.

‘Stop Messin’ Around’ (versão do Aerosmith)

Um dos músicos famosos que mais comentam sobre Peter Green por aí é Joe Perry, guitarrista do Aerosmith. Não à toa, Perry toca e assume os vocais de uma versão para ‘Stop Messin’ Around’, tocada em vários shows da banda e lançada oficialmente no álbum de regravações ‘Honkin’ on Bobo’ (2004).

A original, do Fleetwood Mac, saiu inicialmente como single e, depois, foi incluída no álbum ‘Mr. Wonderful’, de 1968. Além do Aerosmith, bandas e artistas como Gary Moore e Kim Simmonds (Savoy Brown) já regravaram a canção.

‘The Green Manalishi (With the Two Pronged Crown)’ (versão do Judas Priest)

A última composição de Peter Green para o Fleetwood Mac, lançada como single e presente apenas em reedições e coletâneas dos primeiros álbuns da banda, se tornou bastante popular no meio do heavy metal graças ao Judas Priest. O quinteto do vocalista Rob Halford regravou a canção para o álbum ‘Hell Bent for Leather’ (1979), a edição americana de ‘Killing Machine’ (1978), e entrou para o setlist de várias turnês do grupo.

O Priest também incluiu ‘The Green Manalishi’ no álbum ao vivo ‘Unleashed in the East’ (1979), que se tornou um “live” clássico do heavy metal. Outras bandas como Melvins, Corrosion of Conformity e Arthur Brown já regravaram a canção.

‘Oh Well’ (versão de Jimmy Page e The Black Crowes)

Seria até fácil escolher qual versão de ‘Oh Well’ incluir nessa lista. A faixa, divulgada como single e presente na versão americana revisada do álbum ‘Then Play On’ (1969), já ganhou regravações e versões ao vivo de nomes como Tom Petty, Billy Gibbons (ZZ Top), Kenny Wayne Shepherd, Haim, Jason Isbell e Ratt, só para citar alguns.

Porém, a adaptação feita por Jimmy Page e The Black Crowes no álbum ao vivo ‘Live at the Greek’ (2000) tem uma pegada especial. É curioso, inclusive, observar como Page, um contemporâneo de Green, foi influenciado pelo lendário músico.

‘Lazy Poker Blues’ (versão do Status Quo)

O Status Quo é outra banda que absorveu muito do legado deixado por Peter Green e seu embrionário Fleetwood Mac. Até por isso, a regravação de ‘Lazy Poker Blues’ para o álbum ‘Ma Kelly’s Greasy Spoon’ (1970) soa mais natural do que se espera.

A faixa integra, originalmente, a tracklist de ‘Mr. Wonderful’, do Fleetwood Mac.

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E dá-lhe Aerosmith novamente na lista. O vocalista Steven Tyler também é fã declarado de Peter Green e chegou a participar de um tributo realizado ao músico, em fevereiro deste ano, em Londres.

Na ocasião, Tyler cantou, ao lado de Billy Gibbons, a música ‘Rattlesnake Shake’ – que fazia parte do repertório dos primeiros shows feitos pelo Aerosmith, lá em 1971. Uma versão ao vivo da canção, gravada naqueles tempos, está presente na coletânea ‘Pandora’s Box’, de 1991.

‘If You Be My Baby’ (versão de Gary Moore)

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A idolatria não para por aí. Para este álbum, Gary Moore utilizou a mesma guitarra Gibson Les Paul Standard 1959 que Peter Green usava nos tempos de Fleetwood Mac. Moore foi o feliz comprador do instrumento, que ficou com ele até sua morte, em 2011. Depois, rodou por um tempo até chegar a Kirk Hammett, do Metallica, que adquiriu o modelo em 2016 por US$ 2 milhões.


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Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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