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Por que o Deep Purple não toca músicas da fase Coverdale? Ian Paice explica

Muitos fãs sempre se questionaram por que o Deep Purple nunca mais tocou as músicas gravadas na fase com o vocalista David Coverdale, que também trazia o baixista Glenn Hughes assumindo a função ocasionalmente. O período em questão gerou os álbuns ‘Burn‘ (1974), ‘Stormbringer’ (1974) e ‘Come Taste the Band’ (1975).

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Em 1976, o Deep Purple encerrou suas atividades, contando apenas com o tecladista Jon Lord e o baterista Ian Paice da formação clássica. Na época, o grupo ainda contava com Coverdale e Hughes, além de Tommy Bolin na guitarra.

O retorno do Purple aconteceu em 1984, com sua formação clássica: Jon Lord, Ian Paice, o vocalista Ian Gillan, o baixista Roger Glover e o guitarrista Ritchie Blackmore. A partir daí, ocorreram poucas mudanças no line-up: Gillan ficou fora entre 1989 e 1992, sendo substituído por Joe Lynn Turner, e Lord deixou o grupo em 2002, tendo sua vaga ocupada, até hoje, por Don Airey – além, claro, da saída de Ritchie Blackmore para a chegada de Steve Morse.

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Desde 1984, o único período em que as músicas da “era Coverdale” entraram para o repertório dos shows foi quando Joe Lynn Turner substituiu Ian Gillan. Antes e depois disso, os fãs nunca puderam ouvir, ao vivo, algumas músicas como ‘Burn’, ‘Mistreated’ ou ‘Stormbringer’.

Em uma rara ocasião, Ian Paice resolveu falar sobre isso, recentemente, em uma sessão de perguntas e respostas online com os fãs. A declaração foi filmada e pode ser conferida a seguir.

Paice, que é o único músico a tocar em todos os discos do Deep Purple, explicou: “Não são músicas de Ian Gillan. São músicas de David Coverdale. E já temos músicas suficientes de Ian Gillan para tocar. Não podemos incluir todas elas. Tentar trazer alguma música que não tenha qualquer conexão com Ian seria difícil”.

O baterista não está equivocado. Ao todo, Ian Gillan gravou 14 álbuns de estúdio com a banda – sem contar ‘Whoosh!’, que ainda será lançado neste ano. Considerando que algumas músicas não podem ser retiradas do repertório dos shows, como ‘Smoke on the Water’, ‘Highway Star’, ‘Lazy’ e por aí vai, sobra pouco espaço até mesmo para explorar outras canções com Gillan.

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Por outro lado, a demanda por shows com músicas dos álbuns com David Coverdale e Glenn Hughes é alta. Não à toa, Coverdale regravou várias dessas canções com o Whitesnake, no ‘The Purple Album’ (2015), e resgata canções desse período em suas apresentações com frequência. Hughes, por sua vez, fez uma turnê de sucesso com um repertório apenas dessa fase, além de faixas como ‘Smoke on the Water’ e ‘Highway Star’.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

3 COMENTÁRIOS

  1. Hoje, digo hoje, eu acredito que não deva sobrar tempo para tocar as músicas da fase Caverdale, haja vista que a prioridade são as com o Gillan. Mas antes, em 1984 até 87, claro que dava pra adicionar um Burn e um Mistread por exemplo!!!

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