Embora o ponto forte do Kiss tenha sido a sua imagem, os videoclipes produzidos pela banda são, no mínimo, curiosos. A MTV foi criada no início da década de 1980, quando o grupo passava por diversas mudanças de estilo, tanto musical quanto visual.
Desta forma, os clipes do Kiss (em grande parte, produzidos na década de 1980) não envelheceram tão bem quanto suas músicas, especialmente as clássicas, dos anos 1970. Ainda assim, há qualidade e até sentimento de nostalgia em alguns vídeos da banda.
Sob essa perspectiva, o guitarrista Bruce Kulick escolheu, em entrevista ao escritor Greg Prato, os 10 clipes do Kiss que ele mais gosta.
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As declarações estão presentes no novo livro de Greg Prato, “Take It Off: KISS Truly Unmasked”, que foca, justamente, no período em que a banda se apresentava sem máscaras – entre 1983 e 1995. A obra está sendo lançada internacionalmente, mas não tem previsão de chegada ao Brasil.
Veja, a seguir, os 10 clipes do Kiss que Bruce Kulick mais gosta, com um pequeno comentário acompanhando:
“Tears Are Falling” (1985)
Bruce Kulick: “Tenho que admitir, achei que aquilo era realmente bom. Adorei o fato de ser incluído de uma forma bem inteligente e me senti muito mais como um integrante da banda. Então, gostei.”
“Uh! All Night” (1985)
Bruce Kulick: “Curti todos os clipes do ‘Asylum’ (nota: ‘Who Wants To Be Lonely’ também ganhou vídeo) e achei que foram bem feitos. Acho que fomos para a Inglaterra gravar esse. Eu gostei. Pensei que não importava o quanto era extravagante, éramos legais. Representam a ‘Asylum era’, pois eram coloridos e divertidos.”
“Crazy Crazy Nights” (1987)
Bruce Kulick: “Esse foi empolgante. Eu tinha minha guitarra BC Rich ‘radioativa’. Estávamos introduzindo um novo palco.”
“Reason To Live” (1987)
Bruce Kulick: “Outro bom clipe ao vivo – feito nos Estados Unidos, acho, ao invés dos britânicos que comentamos. Queríamos algo com mais credibilidade, como a forma que o Van Halen fez ‘Jump’.”
“Let’s Put The X In Sex” (1988)
Bruce Kulick: “Foi interessante, com todas as modelos e um prédio na área de Wall Street cuja arquitetura tinha um ‘X’. Eu diria que a pessoa que fez esse clipe era muito diretor de vídeos de moda para meu gosto, mas era o que Paul (Stanley, vocalista e guitarrista) estava buscando.”
“Forever” (1990)
Bruce Kulick: “Não apareço nesse o bastante, mas gosto muito. Ok, a câmera poderia virar mais uma vez em meu rumo… ei, sou eu tocando o solo. Olá! Acho que a vibração desse clipe é muito agradável. Essa música ainda é muito importante.”
“Rise To It” (1990)
Bruce Kulick: “Eles acharam que era muito estranho fazer qualquer coisa além de ter Eric (Carr, baterista) e eu ali, mas nós não estamos interpretando nenhum personagem. Estava a cargo deles fazer as coisas deles. Sei que Larry Mazer (empresário do Kiss na época) estava envolvido nessa escolha. Não sei se era a coisa certa a se fazer, mas era o que eles estavam pensando.”
“God Gave Rock And Roll To You II” (1991)
Bruce Kulick: “Fiquei feliz de Eric ter feito isso e que ele tenha sido incluído (nota: Eric Carr lutava contra um câncer na época em que o clipe foi gravado, chegando a usar uma peruca para não aparecer careca na filmagem, e faleceu meses depois). Ele tinha mais energia do que eu, sendo honesto. Acho que o vídeo é bom, com o chão molhado. Que música incrível. Dava pra fazer até mais, porém, é uma ótima música. Não acho que dá para arruinar uma música dessas.”
“Unholy” (1992)
Bruce Kulick: “Muito criativo, na minha opinião, criar esse clipe para algo obscuro e insano. É um bom clipe. Eu pareço muito intenso ali, sendo que sou um doce (risos). Acho que essa é a magia desse clipe.”
“Rock And Roll All Nite” (“MTV Unplugged”, 1996)
Bruce Kulick: “Realmente, uma das últimas coisas que fiz com a banda, se você parar pra pensar. Fiquei muito feliz com isso.”