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Brian Jones foi assassinado? Documentário da Netflix promete trazer evidência

Um documentário que está sendo desenvolvido pela Netflix promete trazer supostas evidências de que Brian Jones foi assassinado. O guitarrista dos Rolling Stones, que havia sido demitido da banda pouco tempo antes, foi encontrado morto na piscina da casa dele, em 3 de julho de 1969, aos 27 anos. A causa oficial do óbito foi afogamento acidental.

O filme trará uma entrevista com o empresário Tom Keylock, feita pelo jornalista investigativo Terry Rawlings, cujo livro “Who Killed Christopher Robin?” é a base da produção. A conversa foi gravada em 2009, mas só agora chegará a público. Keylock faleceu também em 2009.

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Curiosamente, Tom Keylock não é citado pela polícia como uma das três pessoas presentes na casa de Brian Jones no fatídico dia 3 de julho de 1969. O boletim menciona Anna Wohlin (namorada de Brian Jones), Janet Lawson (namorada de Keylock) e Frank Thorogood, que estaria responsável por uma reforma e chegou a ser visto como suspeito, inicialmente, de ter assassinado o músico – na ocasião, o homem chegou a ser hospitalizado, com o pulso ferido, mas nenhuma acusação formal foi feita contra ele.

Embora tenha negado por tanto tempo sua presença no local, Keylock garantiu, nesta entrevista, que estava lá. “Janet disse que não se lembrava de nada, pois estava fora de si. Todos estavam. Eu era o único que não estava chapado”, afirmou.

O empresário disse que Brian Jones era “um pé no saco” e não aguentava mais responder a perguntas sobre o dia em questão. Porém, ele resolveu falar sobre o assunto e ainda disse que Frank Thorogood matou o músico por causa de uma dívida.

Segundo o empresário, Brian Jones pagou 18 mil libras (cerca de 290 mil libras, em valor convertido para os dias de hoje) a Frank Thorogood por um serviço. Porém, Thorogood queria mais 6 mil (hoje, 67 mil libras). Essa teria sido a razão de um desentendimento entre eles, que, supostamente, resultou no assassinato.

Polícia acobertou morte?

Tom Keylock afirma, porém, que o irmão dele, Frank Keylock, trabalhava na Scotland Yard CID (força policial local). Lá, Frank teria ficado sabendo que a morte de Brian Jones seria acobertada e apenas descrita como acidental.

“Acho que a polícia queria fazer uma acusação de homicídio, mas foram orientados a deixar isso de lado. O único que poderia ter sido acusado seria Frank Thorogood, porque era o único que estava na piscina. Porém, a polícia sugeriu que isso não fosse feito”, afirmou.

Anna Wohlin, namorada de Brian Jones que se mudou para a Suécia logo após o ocorrido, reforçou que a morte do músico não foi acidental. “Não sei se Frank queria matar Brian. Talvez fosse alguma brincadeira que tenha dado errado. Porém, sei que ele não morreu de causas naturais”, afirmou.

Recentemente, Barbara Marion, filha de Brian Jones, revelou acreditar que o pai tenha sido assassinado. “Acho que ele foi assassinado e acho que a polícia não investigou isso da forma que deveriam”, disse Barbara Marion, em entrevista à Sky News, na ocasião em que a morte de Brian Jones completou 50 anos. “Adoraria que eles reabrissem (o caso) e conseguissem algumas respostas”, completou.

A versão da polícia

Em comunicado divulgado no último mês de maio, as autoridades locais – de Sussex, Inglaterra – disseram: “A morte de Brian Jones foi investigada em 1969 e também foi objeto de duas revisões, em 1984 e 1994. De tempos em tempos, nos últimos 49 anos, a polícia de Sussex também recebeu relatos de jornalistas e outros indivíduos sobre a morte. […] Nenhuma mensagem do tipo chegou desde 2010 e não há nenhuma nova evidência para sugerir que o veredito original do legista esteja incorreto. O caso não foi reaberto e não há planos para isso acontecer”.

Ainda não há data prevista para a estreia do documentário.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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