O guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor, ambos do Queen, revelaram em depoimento ao documentário “The Show Must Go On: The Queen + Adam Lambert Story” por que a parceria com o vocalista Paul Rodgers (Free, Bad Company) foi encerrada. O trio trabalhou junto entre os anos de 2004 e 2009 e chegaram a lançar um álbum juntos, intitulado “The Cosmos Rocks” e sob o nome Queen + Paul Rodgers, em 2008.
O documentário relembra, inicialmente, que o Queen fez apenas trabalhos pontuais após a morte do vocalista Freddie Mercury, em 1991, até o projeto com Paul Rodgers – entre eles, o álbum “Made in Heaven” (1995) com faixas inéditas de Mercury e apresentações ao lado de Elton John e Luciano Pavarotti. O baixista John Deacon se aposentou de forma oficial, mas Brian May e Roger Taylor queriam seguir trabalhando.
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Foi aí que Paul Rodgers apareceu. “Mesmo que estivéssemos orgulhosos do que fizemos, não queríamos sair por aí e ser o Queen de novo sem Freddie”, relembra Brian May. “E isso aconteceu por acidente, em um evento de premiação que toquei com Paul Rodgers, que é um de nossos heróis. Lembro de sair do palco e a esposa de Paul falar: ‘oh, vocês parecem ter uma química boa, só falta um baterista’. Eu respondi: ‘bem, acho que conheço um baterista'”, completou.
Embora Paul Rodgers tivesse um longo histórico de supergrupos, incluindo o Bad Company e o The Firm, a percepção de que ele não se encaixaria no projeto com o Queen apareceu rapidamente. “Ele eraj um cara próprio. Ele pertencia ao blues e soul, no qual não havia melhor. Nossas coisas eram mais ecléticas, então, acho que é por isso que acabou”, disse.
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Apesar de terem notado rapidamente que Paul Rodgers não se adaptaria, Brian May e Roger Taylor fizeram algumas turnês com o cantor e gravaram até o disco “The Cosmos Rocks”. Alguns meses depois do fim da parceria, o vocalista atual, Adam Lambert, entrou em cena, tendo cantado com os dois veteranos no reality musical “American Idol”.
“Acho que os estilos combinam mais (com Lambert), mas nos divertimos muito com Paul e isso meio que nos levou a um lugar diferente, em uma experiência muito boa. Porém, Adam é realmente como nós. Ele tem muitas ‘cores’ que podemos explorar em algumas dessas ‘viagens’ estranhas que o Queen tanto gosta”, afirmou Brian May.
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