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Kim Thayil, do Soundgarden, revela seus 10 álbuns favoritos do grunge

O guitarrista Kim Thayil, do Soundgarden, falou em entrevista à Rolling Stone sobre seus 10 álbuns de grunge prediletos. O músico escolheu nomes esperados, como Nirvana e Pearl Jam, e mergulhou em grupos mais alternativos, como Skin Yard e U-Men.

Confira, a seguir, as escolhas de Kim Thayil, com um trecho de seu comentário para cada álbum.

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Nirvana – “Bleach” (1989): “Escolhi ‘Bleach’ pela força de ‘Negative Creep’, que seria uma música incrível como hardcore ou como metal-grunge. Também amo os riffs de ‘Blew’ e ‘Swap Meet’. […] Era um disco muito popular entre nossa banda quando estávamos em turnê.”

Green River – “Dry As A Bone” (1987): “O primeiro disco, ‘Come On Down’, é um pouco mais grunge, mas não é tão memorável como ‘Dry As A Bone’. O disco ‘Rehab Doll’ é como se eles estivessem tocando o glam de L.A., algo que nunca gostei. ‘Dry As A Bone’ me traz uma vibe que tinha o Dead Boys e Aerosmith.”

Melvins – “Gluey Porch Treatments” (1987): “Poderia escolher quase tudo do Melvins, mas escolho esse por ser o disco de estreia. Eles fizeram muitos álbuns mais inventivos e melhor produzidos, mas eu gosto de pensar neles nesse período. Era a banda mais lenta da cena, mas começaram a ser os mais rápidos.”

U-Men – EP “U-Men” (1984): “Há um debate sobre o U-Men ser ou não ser grunge. Certamente, eles são proto-grunge. Todos estavam de olho neles. Foram diferentes de todas as bandas de Seattle no começo dos anos 1980, que eram meio new wave ou butt-rock adolescente.”

Malfunkshun (apenas menção): “Na falta de um disco real do Malfunkshun, digo apenas que tudo do Malfunkshun deveria estar nessa lista. Há um álbum chamado ‘Another Pyrrhic Victory’ com duas músicas deles. E a compilação ‘Deep Six’ tinha outras. São músicas incríveis. E há um álbum póstumo, ‘Return to Olympus’. Eles eram muito inspiradores e influentes por serem muito pesados.”

Skin Yard – “Hallowed Ground” (1988): “Não acho que ninguém do Soundgarden curtiu o primeiro disco do Skin Yard, mas gostávamos deles como pessoas e do quão único era o que eles estavam fazendo. Então, eles ficaram mais pesados e melhoraram os discos. Em ‘Hallowed Ground’, eles estavam entrando no ritmo.”

Mudhoney – “Superfuzz Bigmuff” (1988): “O Mudhoney tinha muita presença com Mark (Arm, vocalista e guitarrista). Sempre gostei de Steve (Turner) tocando guitarra. […] Coloco ‘Superfuzz Bigmuff’ na lista por causa da música ‘In ‘n’ Out of Grace’, minha favorita deles.”

Tad – “God’s Balls” (1989): “Escolho esse disco por causa do background poético de Kurt (Danielson, baixisat). Acho que essa percepção contribuiu para a banda. E eu amo o jeito inventivo de Gary (Thorstensen) de tocar guitarra.”

Screaming Trees – “Clairvoyance” (1986): “Não sei como você os chamaria, mas eles eram grunge, pelo menos na moda. Eles usavam flanela independentemente de nós. Eu gosto de ‘Clairvoyance’ por causa da música ‘Clairvoyance’, mas minha favorita é ‘I See Stars’, seguida de ‘Orange Airplane’. Depois, eles meio que ‘engordaram’ o som. A influência deles para Seattle foi significativa. Eles nos colocaram na gravadora SST. […] Ben (Shepherd, baixista do Soundgarden) trabalhou com Mark Lanegan (vocalista do Screaming Trees), Chris (Cornell, falecido vocalista e guitarrista do Soundgarden) co-produziu ‘Uncle Anesthesia’ e o empresário deles era o mesmo do nosso por boa parte da carreira. São parte da família.”

Alice in Chains – “Facelift” (1990): “O Alice in Chains veio de uma cena diferente, mas começaram a tocar conosco, com o Pearl Jam e o Nirvana. Amo o groove e o riff de ‘It Ain’t Like That’. Queria ter composto aquela música e é por isso que eu amo esse disco.”

Pearl Jam – “Ten” (1991): “‘Ten’ foi um super álbum com super hits. Fala por si só. Todos tiveram ‘Ten’ na coleção em algum momento. […] Pessoalmente, é importante para mim porque conheço essas músicas de um contexto de palco. Eu os vi ao vivo algumas vezes antes do disco sair, como Mookie Blaylock e como Pearl Jam. […] Mike (McCready, guitarrista) era um solista poderoso e fazia tudo o que você gostaria que um músico pudesse fazer. E tem um dos maiores vocalistas do rock, alguém que era tão emotivo que das primeiras vezes que vi, me fez sentir aqueles arrepios na espinha.”

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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