John Corabi reconhece que sempre será um asterisco no Mötley Crüe

O vocalista John Corabi falou, em entrevista ao podcast da revista “Heavy” transcrita pelo Blabbermouth, sobre a sua passagem pelo Mötley Crüe, na vaga de Vince Neil, entre os anos de 1992 e 1997. O bate-papo rolou antes de “The Dirt”, cinebiografia sobre a banda, estrear na Netflix.

Corabi falou sobre as suas pretensões a respeito do filme. “Se eu não estiver no filme, tudo bem. Se eu estiver, tudo bem. Só espero que se eu estiver, não me façam parecer um idiota ou um c*zão. Não importa se estarei no filme ou não. Os quatro caras que venderam mais e criaram o legado do Mötley Crüe foram Vince, Nikki (Sixx, baixista), Tommy (Lee, baterista) e Mick (Mars, guitarrista). Preciso estar no filme? Provavelmente, não”, afirmou. A essa altura, ele deve saber que foi interpretado rapidamente por Anthony Vincent (do canal de YouTube “Ten Second Songs”) sem nenhuma fala no roteiro.

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O cantor reconhece que sua passagem pela banda é como um “asterisco” na história dela. “Sei que muitos fãs gostaram do disco que fiz com eles e que alguns não gostaram. Ainda hoje, há fãs que se negam a ouvir por não ter Vince. É a beleza da escolha. Não me ofende, mas tenho orgulho do que fiz com os caras. Eu me diverti e, em certo ponto – não apenas por isso -, estar no Mötley ajudou um pouco a minha carreira a ter longevidade. Sempre serei o asterisco, o outro cara, mas a vida é boa, cara”, disse ele.

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Durante o bate-papo, John Corabi ainda relembrou como ele conseguiu a vaga de Vince Neil. “Há quem conspire sobre Nikki saber que a era grunge estava chegando e o Mötley não iria a lugar algum, então, chamariam um cara que fosse capaz de passar por isso. Que seja. Estávamos em um estúdio tocando e criando coisas que achávamos incríveis. Não havia um plano, como fazer um disco mais pesado. Simplesmente aconteceu, porque quando eu também assumi a guitarra, o som ficou mais pesado. E embora eu me inspire nos Beatles para compor, sempre fui um cara do Led Zeppelin, com riffs grandiosos. Meu álbum do Mötley é isso. Para mim, é um cruzamento entre Led Zeppelin, Black Sabbath e Beatles acústico, enfim. Não planejamos”, afirmou.

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A saída, em 1997, também foi relembrada por Corabi. “Havia uma conversa de que Vince voltaria. Fui ensaiar e vi os empresários e advogados. Pensei: ‘uh-oh, isso não vai acabar bem’. Foi quando me contaram. Muitos não notam, mas eu fiquei na banda por cinco anos e, basicamente, falaram: ‘ei, cara, obrigado, nós te adoramos, mas a gravadora não vai apoiar essa versão da banda’. E saí pela porta. Foi repentino, mas, ao mesmo tempo, não foi, porque havia o burburinho. Eu ia a algum bar e as pessoas diziam ter visto Tommy e Nikki com Vince. Eu dizia: ‘o quê?’. Havia o rumor, então, eu achei que logo aconteceria, mas foi definitivo quando vi os advogados”, disse.

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Após o Mötley Crüe, John Corabi integrou outros projetos como Union, Eric Singer Project e Twenty 4 Seven, além do Brides Of Destruction e Ratt, ambos como guitarrista. Hoje, Corabi é o frontman do The Dead Daisies e mantém carreira solo.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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