George Lynch chorou após ter sido dispensado por Ozzy Osbourne

O guitarrista George Lynch (Lynch Mob, ex-Dokken) comentou, em entrevista ao Ultimate Guitar, sobre uma das ocasiões em que quase se juntou à banda de Ozzy Osbourne. Ele foi cogitado para entrar em 1979, antes de Randy Rhoads ter sido descoberto, e em 1982, logo após a morte do músico em um acidente de avião.

A primeira “quase entrada” foi pouco comentada por George Lynch, mas sabe-se que ele recusou a oferta porque sua banda, o Dokken, estava para assinar um contrato com uma gravadora alemã. Já a segunda foi mais abordada durante o bate-papo, pois foi quando Lynch chegou a estar com Ozzy por algum tempo. Ele acompanhava o grupo durante a turnê, para conferir como os shows rolavam, e tocava nas passagens de som no lugar de Brad Gillis (Night Ranger), que ficou na formação provisoriamente até um substituto para Randy Rhoads ser encontrado em definitivo.

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“Eu nunca fiz um show com Ozzy. Só fiz passagens de som. Eu viajava com eles para ver como funcionava, enquanto eles me conheciam. Porém, nunca subi no palco durante o show. Eu apenas fazia uma parte da passagem de som, após Brad Gillis me dar sua guitarra. Depois, começamos a ensaiar e eu até trouxe o baixista da época, Don Costa. A turnê foi pela Europa e, depois, fomos todos para Los Angeles. Foi onde me avisaram que não precisariam de meus serviços, aos 45 minutos do segundo tempo, após eu ter trabalhado para eles por uns dois meses”, relembrou Lynch.

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O músico confirmou a história de que foi demitido na frente de Jake E. Lee imediatamente após o fim da audição deste. “Minha esposa estava comigo, tive que deixar meu emprego na época para me juntar a Ozzy. Tínhamos dois filhos pequenos, não tínhamos dinheiro, então, era uma grande oportunidade para mim. […] Quando me dispensaram, não me pagaram nada, nem me deram nenhuma compensação por aqueles meses os acompanhando. Simplesmente não deram a mínima. Levou um minuto. Ozzy disse: ‘ei, isso não vai rolar, obrigado por seu tempo, te vejo depois, tchau'”, afirmou.

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George Lynch revelou ter ficado “arrasado” com a demissão. “Meu queixo caiu. Não podia acreditar. Acho que eu chorei no caminho de volta para casa (risos), foi devastador”, disse.

O guitarrista comentou, ainda, que havia uma grande preocupação com a aparência dos músicos que acompanhavam Ozzy – e isso pode tê-lo tirado da jogada, já que estava com cabelo curto devido ao emprego que havia acabado de abandonar. “Ele estava careca e ficava me perguntando porque eu estava com cabelo curto. Eu dizia: ‘cara, você está careca’ (risos). […] Jake E. Lee tinha uma ótima imagem, cabelo enorme, roupas de couro. Era ótimo. E Sharon (Osbourne, esposa e empresária de Ozzy) queria alguém com o visual certo. Não acho que ela estivesse se importando muito com a música”, afirmou.

Lynch destacou, por fim, que Lee é um bom guitarrista, mas que sua audição foi ruim – mesmo assim, ele ficou com a vaga, em meio a esse processo tão confuso. “Ele era ótimo. Não teve um bom teste, mas é fantástico”, disse.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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