Em entrevista ao jornalista David Slavkovic, do Ultimate Guitar, o guitarrista Jake E. Lee falou sobre Zakk Wylde, o músico que ocupou sua vaga após a demissão da banda de Ozzy Osbourne, ainda em 1987. Entre idas e vindas, Wylde segue ao lado do Madman, enquanto Lee seguiu em carreira solo e com o Red Dragon Cartel após alguns anos com o supergrupo Badlands.
“Acho que Zakk é um guitarrista incrível. Gosto do jeito que toca. Tenho um pequeno problema com seus harmônicos artificiais – que todos têm -, mas, aparentemente, ele gosta disso e faz parte de sua forma de tocar”, afirmou.
A técnica de harmônico artificial (pinch harmonic) é usada na guitarra quando se toca uma nota com a palheta junto da parte lateral do polegar. Com o leve abafamento causado, é obtido um som estridente. O vídeo a seguir mostra um pouco do recurso de harmônico artificial no estilo de Zakk Wylde:
Apesar do comentário a respeito dos harmônicos artificiais de Zakk Wylde, Jake E. Lee fez muitos elogios ao guitarrista. “Ele é ótimo. Em ‘No More Tears’, ele usa slide no verso. Eu nunca pensaria naquilo. É tão único e incrível. Acho que só ele poderia fazer aquilo”, afirmou.
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Em comparação ao posto que ambos já ocuparam – guitarrista de Ozzy Osbourne -, Jake E. Lee disse que Zakk Wylde “se encaixou melhor” com o Madman. “No entanto, digo que não teria funcionado logo em seguida (à morte de Randy Rhoads), apesar de que ele seria jovem demais naquela época. Não acho que seu estilo ou até seu visual teriam funcionado imediatamente após Randy. Seria um pouco parecido demais. O que Ozzy precisava logo após Randy era de algo diferente, mas tão bom quanto, só que de uma forma diferente. Ao menos visualmente, eu era totalmente diferente de Randy. E, tocando, também”, pontuou.
Por fim, Jake E. Lee disse: “Acho que eu era o cara perfeito para entrar após Randy. E acho que Zakk era perfeito para vir depois de mim. Uma pequena parte de mim esperava que ‘No Rest For The Wicked’ (estreia de Zakk Wylde, lançada em 1988) fosse meio ruim. Não dá para evitar, você pensa: ‘oh, veja, ele não é tão bom sem mim’. Porém, foi um disco incrível. E elogios para Zakk, ele fez um ótimo trabalho”.