O baterista do Queen, Roger Taylor, fez críticas ao ator Sacha Baron Cohen, inicialmente escalado para dar vida ao vocalista Freddie Mercury no filme biográfico “Bohemian Rhapsody”. O papel acabou ficando com Rami Malek após Cohen ter discordado do viés que o longa-metragem teria: ele queria que a história mostrasse a vida pessoal de Mercury, com direito a classificação indicativa para maiores de 18 anos, enquanto que o roteiro indicava foco na trajetória profissional do cantor.
“Tivemos muitas conversas com Sacha, mas acho que ele nunca levou a sério o suficiente. Ele não levava Freddie a sério. Foi um longo caminho, mas estamos no final”, afirmou Roger Taylor, em entrevista à Associated Press (AP).
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Em sua declaração à AP, o guitarrista Brian May preferiu exaltar o trabalho de Rami Malek como Freddie Mercury. “Ele é incrível. Graças a Deus o encontramos. Ele é um cara incrível em todos os sentidos. Ele é agradável de se ter por perto, é muito dedicado e incrivelmente talentoso. Meu Deus! Ele ‘pegou’ Freddie de jeito. Não poderia ter sido melhor”, disse.
Em 2016, Sacha Baron Cohen explicou a Howard Stern por que abandonou o elenco do filme. “Não deveria ter ficado tanto tempo envolvido, pois na primeira reunião, anos atrás, um dos membros da banda disse: ‘esse filme será ótimo, porque o que acontece no meio é excelente’. Perguntei o que seria e ele respondeu: ‘Freddie morre, ué’. Deduzi que seria como ‘Pulp Fiction’, em que o meio é o fim, mas ele disse: ‘não, será normal’. Perguntei o que teria na segunda metade e ele explicou: ‘vamos mostrar como a banda seguiu em frente fazendo sucesso’. Eu falei: ‘cara, ninguém vai querer ver um filme em que o protagonista morre de Aids no meio e a carreira de seu grupo continua'”, afirmou.
“Bohemian Rhapsody” estreia no próximo dia 1° de novembro.