Um estudo divulgado pela fabricante Fender apontou que as mulheres representam 50% dos novos aspirantes a guitarristas. A pesquisa foi realizada, em parceria com a Egg Strategy, com amostras representativas nos Estados Unidos e no Reino Unido. Outros detalhes, como dados de idade e informações demográficas, não foram revelados.
O resultado não surpreende as empresas fabricantes de guitarra – em 2015, outro estudo feito na América do Norte já havia indicado que as mulheres representavam 50% do mercado. Desde então, a própria Fender já tem adotado estratégias promocionais diferentes, como o lançamento de linhas de instrumentos mais atrativas para o sexo feminino, maior destaque para mulheres em campanhas de marketing e relacionamento mais estreito com artistas femininas.
Em entrevista ao site da revista Rolling Stone, o CEO da Fender, Andy Moooney, disse que o “fator Taylor Swift” já não é mais tão representativo nos dados obtidos pela pesquisa. A cantora pop é citada com frequência como uma grande inspiração para que aspirantes a guitarristas procurem o instrumento pela primeira vez, já que é – ou era – comum vê-la no palco com guitarras ou violões.
“Havia a crença sobre o que as pessoas chamam de ‘fator Taylor Swift’, talvez transformando esses 50% em algo de curto prazo e fora da curva. Na verdade, não é assim. Taylor seguiu em frente, acho que está tocando menos guitarra no palco do que tocava antes. No entanto, jovens mulheres ainda estão guiando 50% das novas vendas de guitarra. O fenômeno parece ter pernas próprias e está acontecendo no mundo todo”, disse o CEO.
O estudo também revelou que:
– 72% dos novos guitarristas procuram o instrumento para ganhar uma nova habilidade;
– 61% dos novos guitarristas apenas querem aprender a tocar músicas para si próprio ou com amigos e familiares, em vez de transformar isso em algo grande;
– 42% dos novos guitarristas veem a guitarra como parte de sua identidade.
Com isso, os responsáveis pela pesquisa interpretaram que a persistência da guitarra no mercado está muito relacionada em tê-la como “uma ferramenta educacional e social”. Os analistas enxergam dessa forma porque o rock está cada vez menos popular, tendo perdido o seu posto para gêneros como o hip hop – ou seja, a ideia de comprar um instrumento para “tentar se tornar um rockstar” está cada vez menos em prática.