O guitarrista Jerry Cantrell falou, em entrevista à Billboard, sobre o conceito por trás da continuidade do Alice In Chains. A banda retomou suas atividades em 2005, três anos após a morte do vocalista Layne Staley, com um novo integrante: William DuVall, que não só canta, como, também, toca guitarra.
Durante a entrevista, Cantrell disse que DuVall e ele se dividem bastante nas funções de vocalista e destacou que ter dois cantores se harmonizando foi “a única forma por meio da qual a banda poderia continuar”. “Começamos e seguimos evoluindo para uma banda de dois cantores. Layne era um frontman clássico por si só, mas ele me deu confiança para começar a cantar mais”, afirmou.
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A intimidade que Jerry Cantrell possui com o material do Alice In Chains – já que é o principal compositor – o credenciou a, também, assumir os vocais. “Compus muito dessa m*rda, ainda componho. Então, eu carrego isso comigo, a linguagem que criamos juntos. E aprendi muito com isso. A banda tem um som específico, então, quando seguimos, sabíamos que não mudaria tanto”, disse.
O músico pontuou, ainda, que o processo foi facilitado pela presença do baixista Mike Inez e do baterista Sean Kinney. “Outra razão pela qual a banda soa tão intacta é que três de nós ainda estamos aqui. Esses caras são muito importantes e isso é muito negligenciado. Todos sempre querem falar sobre William e eu, mas esses caras são muito importantes, Sean Kinney e Mike Inez. Além disso, há a identidade do som que nos carregou. Mas, falando sobre Will e eu, é uma situação de piloto e co-piloto. Qualquer um de nós pode assumir a qualquer momento”, afirmou.