O jornalista Eddie Trunk teve acesso a uma cópia de “Heavy Duty: Days And Nights In Judas Priest”, livro autobiográfico de K.K. Downing, ex-guitarrista do Judas Priest. O livro será lançado internacionalmente pela editora Da Capo Press no dia 18 de setembro – ainda não há confirmação se uma edição nacional será lançada.
Em sua leitura, Trunk destacou que Downing é o primeiro membro do Judas Priest a escrever uma autobiografia e disse que são contadas muitas histórias interessantes do Priest, especialmente de seus primeiros anos de formação. O livro detalha, por exemplo, que o Priest nunca ganhou um centavo por seus dois primeiros discos, “Rocka Rolla” (1974) e “Sad Wings Of Destiny” (1976).
“O Judas Priest – e isso revela muito sobre a indústria da música -, até hoje, nunca ganhou um centavo sequer de seus primeiros dois discos. […] É o resultado de alguns acordos com o demônio que eles fizeram. E quando eles conseguiram um contrato da CBS (para tentar ganhar algum dinheiro de forma retroativa), estavam tão desiludidos pelo roubo da primeira gravadora (Gull) que eles não aceitaram. Sabiam que, ao fazer isso, nunca ganhariam dinheiro daqueles discos, mas a perda valeu a pena, pois pensaram: ‘pelo menos, encerramos tudo com aquela empresa'”, conta Trunk.
Em seguida, o jornalista destacou que o livro fala sobre os problemas que o Judas Priest teve com o Iron Maiden. “Por muito tempo, as pessoas se perguntavam por que o Maiden e o Priest nunca excursionaram juntos. Pela primeira vez, nesse livro, há algumas informações sobre uma tensão definitiva entre essas duas bandas em suas primeiras turnês, quando o Priest levou o Maiden como banda de abertura”, afirmou, citando turnês do início da década de 1980.
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K.K. Downing co-escreveu “Heavy Duty: Days And Nights In Judas Priest” ao lado do jornalista e escritor Mark Eglinton co-escreveu a obra. Atualmente, o guitarrista está aposentado de suas funções no Judas Priest – ele foi substituído por Richie Faulkner.
Na contracapa de “Heavy Duty: Days And Nights In Judas Priest”, K.K. Downing revela o que pensava do Judas Priest em seus primeiros anos de formação, ainda na década de 1970. “Não me lembro exatamente quando o pensamento veio à minha cabeça, mas lembro de pensar em mais de algumas ocasiões: ‘sabe, não tenho certeza sobre nossa imagem’. Pensando bem, acho que o Judas Priest teve um pouco de uma crise de identidade no início. Existia sempre um ponto de interrogação sobre o visual da banda. Para mim, nunca pareceu dizer nada – e nos primeiros dias de nossa carreira, suponho que eu realmente via isso como uma coisa boa”, diz.