O novo disco do Ghost, “Prequelle”, estreou em 3° lugar nas paradas de álbuns dos Estados Unidos, a Billboard 200. De acordo com a revista Billboard, responsável por publicar os rankings, o álbum teve 66 mil cópias vendidas – 61 mil delas em formato físico, tradicional – de 1° a 7 de junho.
O resultado conquistado com “Prequelle” nas paradas dos Estados Unidos foi o melhor da banda até hoje. O álbum anterior, “Meliora” (2015), chegou ao 6ª lugar, enquanto “Infestissumam”, de 2013, atingiu a 28ª colocação. O EP “Popestar”, de 2016, obteve a posição de número 16 em sua época de lançamento.
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“Prequelle” também conquistou números consideráveis em outros países. Na Suécia, Finlândia e Noruega, o disco ficou em primeiro lugar nas paradas. Nos charts de Alemanha (2°), Bélgica (4°) e Reino Unido (10°), as posições obtidas também foram expressivas.
Lançado em 1° de junho, “Prequelle” tem produção assinada por Tom Dalgety, notável por trabalhos com Opeth, Pixies e Royal Blood. O álbum conta com as colaborações de Mikael Akerfeldt, do Opeth (sintetizadores na faixa “Helvetesfönster”), e Davide Rossi, do Goldfrapp (orquestração em “Pro Memoria”), além de Steve Moore (Zombi), que trouxe sintetizadores a diferentes músicas.
As letras de “Prequelle” trazem alguns assuntos recentes que impactaram Tobias Forge. Uma delas é a sucessiva perda de ídolos do rock. “Havia algumas coisas que eu queria ter em ‘Prequelle’ que não acho que haviam sido desenvolvidas até então e tinham pouco a ver com o que veio antes. É um disco cujo tema é a morte e o fim iminente, mesmo que seja apenas nosso. E, nos últimos anos, vimos o falecimento de muitos de nossos ídolos mais velhos. Ronnie James Dio foi um deles, mas acho que, especialmente quando Lemmy morreu, e (David) Bowie e Prince tão próximos a isso… me afetou muito. Parece que nossos pais estão indo embora. Acho que tínhamos Lemmy como garantido, que ele estaria conosco para sempre. Mas, agora, há uma cadeira vazia”, explicou, em entrevista à Metal Hammer.
Outra pauta presente nas composições é a disputa judicial entre Tobias Forge e quatro ex-integrantes do Ghost. “Um ano depois, tendo passado por tantas turbulências, percebi que o que aconteceu, precisava acontecer. Além disso, sou um grande fã da história do rock e li todas as biografias de classic rock de todas as bandas das quais sou fã. E sabe, a mesma m*rda acontece em cada uma delas”, afirmou Forge à NME.
O quarteto de músicos formado por Simon Söderberg, Mauro Rubino, Henrik Palm e Martin Hjertstedt deixou o Ghost em 2016 e, pouco tempo depois, acusou judicialmente Tobias Forge de tomar posse do controle do grupo, incluindo direitos e finanças que deveriam ser compartilhadas – em vez disso, eles recebiam salários fixos. Tobias Forge, por sua vez, alega que a banda era um projeto solo dele. O caso ainda está em trâmite na justiça, já que não houve acordo extrajudicial.
