O Megadeth nunca quis ser glam, diz David Ellefson

O baixista David Ellefson foi questionado por Mitch Lafon, em entrevista transcrita pelo Ultimate Guitar, se o Megadeth já pensou em se juntar à cena glam metal, que explodiu no início dos anos 1980 nos Estados Unidos – em especial, na cidade de Los Angeles. Como era de se esperar, a resposta de Ellefson foi negativa.

“Não. É engraçado, pouco antes de me mudar de Minnesota para Los Angeles, havia algumas bandas da cena hard rock de Minneapolis que estavam fazendo aquilo. Certamente, nada do nível do Mötley Crüe”, disse Ellefson.

- Advertisement -

O desejo de David Ellefson em se mudar para Los Angeles surgiu depois que ele viu o Van Halen decolar, além de Ozzy Osbourne selecionar Randy Rhoads e Rudy Sarzo e ouvir falar do Ratt e do Mötley Crüe. O destino do músico mudou em 1983, depois do US Festival, quando ele conheceu Dave Mustaine.

Leia também:  Edu Falaschi anuncia show em SP da turnê “Rebirth Live in SP Revisited”

“Ele era muito mais do estilo que eu queria me envolver, que eu já estava envolvido. Ele tinha discos do Diamond Head, sabia a história do Motörhead, havia feito shows com várias bandas. Então, quando cheguei a esse ponto, bandas como Ratt e Mötley Crüe já haviam sido contratadas por gravadoras”, contou.

As últimas bandas a conseguirem um contrato, na época, foram as de som mais pesado, conforme Ellefson revelou. “Lembro de ir ao Troubadour e o W.A.S.P. havia tocado seu último show antes de assinar com a Capitol. Foi uma das últimas grandes bandas daquele estilo a assinarem um contrato e seguirem em frente. A próxima foi, provavelmente, o Armored Saint, que não era uma banda de hair metal, nem de thrash – talvez, power metal. Na rádio KMET, tocavam coisas como Warrior. Lembro de ouvir ‘Queen Of The Reich’, do Queensryche. A coisa hair metal estava viva e acontecendo”, afirmou.

Leia também:  Eclipse solar faz Soundgarden volta a parada nos EUA com “Black Hole Sun”

Como era de se esperar, David Ellefson não deixou de fazer elogios ao patrão Dave Mustaine. “Juntar-me a Dave foi uma dádiva de Deus. Sabia que Dave era real. Ele era um verdadeiro compositor, tinha carisma de rockstar, não era um dos ‘wannabe’ na Sunset Strip que só queriam um contrato. Na verdade, ele era bem contra estar na Sunset Strip”, disse.

Por fim, Ellefson compartilhou uma memória curiosa desse período. “O Troubadour foi o lugar onde conheci Lars (Ulrich) e James (Hetfield), em um show. Foi um encontro meio estranho de James e Lars, enquanto eu estava com Dave (risos). Sabe, essa coisa ‘Metallica encontra Megadeth pela primeira vez'”, afirmou.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioNotíciasO Megadeth nunca quis ser glam, diz David Ellefson
Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades