Depois de ter sido diagnosticado com câncer na língua, o vocalista Bruce Dickinson não se importou se o futuro de sua carreira na música estava em jogo. A afirmação foi feita em entrevista ao Full Metal Jackie, transcrita pelo Loudwire.
Durante o bate-papo, Dickinson foi questionado sobre a sua visão de mortalidade desde que foi diagnosticado com o câncer. Em resposta, ele afirmou que a mortalidade em si foi o que menos influenciou em sua abordagem após a doença.
“A ideia de ter medo de morrer é bem simplória, pois isso vai acontecer, de alguma forma, em algum momento. Então, tendo pensado um pouco ‘oh meu Deus, eu posso morrer’, depois você dá um passo para trás e se pergunta: ‘você se sente doente?’. A resposta é: não muito, pelo menos não agora. Não vou morrer amanhã, nem na próxima semana. Então, o que mudou? Não muito. Exceto que você tem essa doença e precisa tentar se livrar dela”, afirmou.
O cantor, então, filosofou que “o problema não está em morrer, mas, sim, em viver”. “O fato de viver se torna ainda mais importante, porque foi incrível que quando tive o diagnóstico, eu fiquei surpreso. Não pensei que seria assim – achei que ficaria preocupado por nunca mais voltar a cantar. Mas, na verdade, eu não estava. Isso não me interessou minimamente”, disse.
Bruce, então, elencou outras prioridades em sua vida. “Percebi que a vida e todos os seus aspectos dela, como crianças, família, levantar de manhã e ver o nascer do sol, cheirar as folhas no outono… tudo isso era mais precioso do que qualquer coisa a ver com trabalho ou algo do tipo. Acho que você deve tentar viver cada minuto”, afirmou.