Em entrevista ao podcast Distortion, transcrita pelo Blabbermouth, o guitarrista Gilby Clarke falou sobre a sua entrada e adaptação ao Guns N’ Roses. O músico substituiu Izzy Stradlin e ficou no grupo entre 1991 e 1994.
Clarke relembrou, inicialmente, que precisou aprender 50 músicas em uma semana. “A partir do dia em que Slash me ligou, eu estaria no palco apenas duas semanas depois”, contou.
Slash, aliás, foi parte fundamental na escolha por Gilby Clarke. “Slash me chamou para tocar com ele por três dias seguidos. Ao fim, ele disse: ‘você conseguiu, aprenda tudo e nos veremos em uma semana’. Não teria ensaios, pois a banda já sabia as músicas e não ensaiariam comigo. No último dia, liguei para Dizzy (Reed, tecladista) e pedi ajuda em ‘Estranged’. Dizzy me deu um livro com acordes e eu disse: ‘Havia um livro? Fiquei uma semana aprendendo de ouvido'”, disse.
A adaptação de Gilby Clarke foi tranquila, embora ele compreendesse a função de Izzy Stradlin no Guns N’ Roses. “Sabia que Izzy era uma grande parte da banda. Não tentei substitui-lo, estava tentando achar meu espaço, do meu jeito. […] Eles ficaram felizes. Nunca disseram coisas para mim, como ‘use isso no palco’ ou ‘faça tal coisa'”, afirmou.
Apesar de Izzy Stradlin ter sido uma força importante no Guns N’ Roses, Gilby Clarke afirma que pouco se falou sobre a substituição na época. “Quando entrei, foi assustador o quanto foi fácil. Slash estava um pouco preocupado, pois estávamos mudando uma grande peça na banda e as pessoas não comentavam muito sobre isso. As pessoas falam mais sobre isso agora do que antigamente, quando aconteceu. E isso foi uma das coisas que funcionou”, disse.
Clarke destacou que, embora o Guns N’ Roses já fosse uma banda experiente na época, todos estavam com medo no momento de sua entrada, pois a banda estava fazendo grandes turnês em estádios. “A banda não tinha uma base sólida. Axl (Rose) sequer saía com os músicos, ele tinha um mundo próprio. Todos estavam descobrindo quem eles eram”, afirmou.