Um dos primeiros formatos de áudio digital, o MP3 pode estar com os dias contados. Ao menos é a forma que o Instituto Fraunhofer enxerga a situação.
O Instituto, responsável por desenvolver o MP3 e proprietário de seus direitos, optou por aposentar o programa de licenciamento do formato, tão popular entre as décadas de 1990 e 2000. A informação foi divulgada no fim do último mês, mas só foi publicada de forma mais massiva no início desta semana.
Ainda que o MP3 siga bastante popular por todo o mundo, representantes do Fraunhofer entendem que alguns formatos lançados posteriormente devem se tornar prioridade. Extensões como OGG e AAC – a última, utilizada de forma padrão em plataformas de streaming – foram citadas como as mais avançadas até o momento.
“Apesar de haver codecs de áudio mais eficientes e com recursos avançados, o MP3 ainda é bastante popular entre os consumidores. Entretanto, a maioria dos serviços de mídia, como streaming ou transmissões de rádio e TV, usam codecs ISSO-MPEG modernos como a família AAC ou, no futuro, o MPEG-H”, diz a instituição, em comunicado.
A não-renovação da licença não influencia, de imediato, na rotina de quem costuma escutar músicas em MP3. Ainda será possível reproduzir o formato em diversas plataformas digitais. Contudo, a decisão deve levar o MP3 ao ostracismo, visto que desenvolvedores deixarão de atualizá-lo em breve.
O fim do MP3 era esperado, visto que o avanço tecnológico possibilitou o surgimento de outros formatos. A extensão foi responsável por uma verdadeira revolução no mercado fonográfico, pois se tratava de uma alternativa, por vezes gratuita, aos CDs. A partir da popularização do MP3, passou-se a discutir sobre direitos autorais no âmbito digital.