5 discos solo que foram lançados sob o nome de bandas

É comum que, com o tempo, membros de grandes bandas optem por trabalhar em uma carreira solo. Entretanto, em algumas situações – que praticamente só ocorreram no rock -, álbuns solo foram lançados sob nomes de grupos.

Os motivos são distintos, mas quase sempre convergem para uma razão principal: grana. Utilizar o nome de uma banda, já consagrada, faz com que a divulgação de um trabalho musical seja mais fácil. Consequentemente, obtém-se maior êxito comercial.

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A lista abaixo reúne cinco discos que foram concebidos como trabalhos solo, mas foram lançados sob o nome de bandas. E antes que eu me esqueça: “The Final Cut”, do Pink Floyd, está de fora da lista porque, apesar de ter sido composto praticamente como um álbum solo de Roger Waters, sabia-se, desde o início, que o trabalho levaria a alcunha do grupo em questão.

Black Sabbath – “Seventh Star”

O Black Sabbath entrou em um hiato no ano de 1984, após a tentativa de relançar o grupo com o vocalista David Donato, no lugar de Ian Gillan, e a consequente saída do baixista Geezer Butler. Em 1985, o guitarrista Tony Iommi começou a trabalhar em um disco solo.

Ao lado do tecladista Geoff Nicholls, do baterista Eric Singer e do baixista Dave Spitz, Tony Iommi teve a ideia de contar com vários vocalistas, como Rob Halford, Glenn Hughes e Ronnie James Dio. Contudo, o plano não deu certo, já que não era possível conciliar a agenda de todos.
Glenn Hughes foi mantido nos vocais e “Seventh Star” foi gravado. Com o disco já pronto, a Warner Bros recusou-se a lançá-lo como um álbum solo de Tony Iommi, sob a alegação de que seria mais difícil de promovê-lo desta forma. Por fim, a capa indica que o trabalho é de Black Sabbath featuring Tony Iommi.

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Megadeth – “The System Has Failed”

O problema que o vocalista e guitarrista Dave Mustaine teve em seu braço, além das desavenças com os músicos do Megadeth, fizeram com que ele encerrasse as atividades do grupo em 2002. O músico se recuperou e começou a trabalhar, em meados de 2004, em um disco solo.

A line-up de “The System Has Failed” conta somente com músicos contratados. Chris Poland, ex-integrante da banda, assumiu a guitarra, enquanto Jimmie Lee Sloas tocou baixo e Vinnie Colaiuta, bateria. Dave Mustaine assina a autoria integral de todas as músicas.

Com o trabalho já gravado, a Sanctuary Records se negou a lançá-lo como um trabalho solo. Com isso, o nome Megadeth foi para a capa do disco. Curioso, visto que a sonoridade é puramente Megadeth.

Stryper – “Reborn”

“Reborn” acabou sendo o disco que sacramentou a reunião do Stryper. Entretanto, seria um trabalho solo do vocalista e guitarrista Michael Sweet – por isso, soa um pouco diferente dos demais álbuns da banda, visto que traz influências do post-grunge e do rock alternativo.

As músicas que estão em “Reborn” foram compostas antes do Stryper voltar a excursionar, em 2003. As demos foram registradas com Derek Kerswill na bateria e Lou Spagnola no baixo.

Após a turnê, Michael Sweet mostrou o material para os demais integrantes, que toparam gravá-lo e lançá-lo sob o nome do grupo – em especial Oz Fox.

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Twisted Sister – “Love is for Suckers”

O Twisted Sister definhou de forma muito rápida após o sucesso de “Stay Hungry”. O disco seguinte, “Come Out And Play”, não obteve o mesmo êxito e vários shows da turnê que promoveria o álbum foram cancelados.

Com isso, conflitos vieram à tona e a ideia era que o Twisted Sister desse uma pausa. O vocalista Dee Snider, então, começou a trabalhar em um disco solo, que viria a ser “Love is for Suckers”.

O problema é que a gravadora, Atlantic Records, não quis lançar o disco se não tivesse o nome Twisted Sister. Apesar de contribuições esporádicas de Reb Beach na guitarra e Kip Winger no baixo, o instrumental foi registrado por Eddie Ojeda e Jay Jay French nas guitarras e Mark Mendoza no baixo, além do novato Joe Franco na bateria.

Whitesnake – “Restless Heart”

David Coverdale passou a década de 90 de saco cheio da indústria musical. Ele até tentou uma reunião do Whitesnake em 1994, quatro anos após o fim do grupo, mas desistiu após alguns shows.

Ainda assim, Coverdale não se afastou totalmente da música. Ele passou os anos de 1995 e 1996 gravando um disco solo, que seria o material encontrado em “Restless Heart”.

Dois ex-integrantes do Whitesnake participaram do disco: o guitarrista Adrian Vandenberg e o baterista Denny Carmassi. Os demais – o baixista Guy Pratt no baixo e o tecladista Brett Tuggle – são músicos contratados.

A gravadora, por sua vez, não quis lançar o disco como um trabalho solo de David Coverdale. Por isso, a alcunha “David Coverdale & Whitesnake” acompanha a capa de “Restless Heart”.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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