O baterista Matt Sorum falou, em entrevista ao One On One With Mitch Lafon, sobre o período em que esteve no Guns N’ Roses. O músico entrou para substituir Steven Adler e permaneceu na formação entre 1990 e 1997.
Sorum concordou com o rótulo de “banda mais perigosa do mundo”, atribuído ao Guns N’ Roses no período. Todavia, explicou que o motivo do “perigo” estava relacionado à própria exaustão que o grupo havia sido submetido na época.
“Nunca sabíamos o que aconteceria. Não havia senso de estabilidade. Aquilo manteve a banda em um estado constante de agressão. Quando subíamos ao palco, descontávamos em nossos instrumentos em exaustão ou raiva. Aquilo fazia o show se tornar legendário”, afirmou.
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Matt também destacou que esperava encontrar algo distinto ao entrar no Guns N’ Roses. “Tudo era tão diferente do que esperava. Achei que encontraria uma mistura entre AC/DC e Aerosmith, com Sex Pistols e Nazareth. Daí vieram os pianos e aquelas músicas épicas de 10 minutos. Fiquei surpreso”, disse.
A experiência era cansativa para Matt Sorum. “Não tínhamos muito tempo para preparar. Ensaiamos um mês e fomos gravar. Tivemos que aprender 33, 34 músicas e logo gravamos. Tive muito para aprender. A forma que operamos era insana. Tínhamos um ou dois takes e estava pronto. Não havia cortes, como as bandas de hoje em dia”, afirmou.
Sorum também falou sobre as personalidades que encontrou dentro do Guns N’ Roses. “O líder, para mim, era Slash – ele tinha uma boa ética de trabalho. Axl era o frontman, que controlava o que aconteceria naquela noite. Eles queriam alguém para segurar a barra e eu fiz isto. Foi interessante, porque as coisas estavam mudando tão rapidamente”, disse.