O ano de 2016 começou movimentado no que diz respeito a lançamentos de bandas de hard rock/metal. O cenário é atípico, pois, nos últimos anos, os fãs só começam a ter boas novas a partir de março ou abril.
Surpreende, ainda, a qualidade do material que tem saído. Já é possível afirmar, sem pretensões, alguns discos têm tudo para estarem entre os melhores do ano.
Separei e listei abaixo o que já escutei neste início de ano. Confira:
Megadeth – “Dystopia”: o novo álbum do Megadeth é um dos melhores de sua discografia. Kiko Loureiro e Chris Adler não revolucionaram a banda, mas mudaram sua sonoridade por meio de detalhes. Deram mais técnica e, de certa forma, peso às composições. “Dystopia” bate de frente com outros registros aclamados, como “Endgame” e até os clássicos da década de 1990.
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Black Sabbath – “The End”: o EP de despedida do Black Sabbath entrega exatamente o que eu esperava: sobras de “13”, último disco de estúdio da banda. As quatro faixas do compacto poderiam se encaixar perfeitamente no álbum e soam, tanto em produção quanto em performance, como se realmente tivessem sido gravadas naquela época. Ou seja, empolga o fã. Até Brad Wilk está lá, mandando bem na bateria.
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Hell In The Club – “Shadow Of The Monster”: a turma dos subgêneros do metal continua nos dando bons discos de… hard rock. Caso do Hell In The Club, formado por integrantes do Elvenking e Secret Sphere. “Shadow Of The Monster” é o melhor trabalho da banda italiana e um dos melhores que ouvi neste ano. Hard n’ heavy com refrão ganchudo, riff cortante e trabalho de criação apurado. Sem encheção de linguiça.
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Anthrax – “For All Kings”: A sensação que “For All Kings” passa é a mesma que grande parte dos discos de metal que ouço recentemente tem transmitido: não é bom, nem ruim. A banda está, notoriamente, com uma pegada mais progressiva, trabalhando melhor na estrutura de suas músicas. O problema é que não pega de jeito. Não há músicas realmente memoráveis. Trabalho mediano.
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Nordic Union – “Nordic Union”: consagrado em segmentos mais pesados, o vocalista Ronnie Atkins abraçou o hard rock melódico por aqui. Com o suporte do multi-instrumentista Erik Martensson, Atkins conseguiu se destacar com sobras. Quase nenhuma faixa do tracklist passa dos quatro minutos, com obediência a uma fórmula específica. Para o que se propõe, longe do experimentalismo, está ótimo. Disco divertido.
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The Temperance Movement – “White Bear”: em comparação ao excelente disco de estreia, “White Bear” não decepciona, mas não é de fácil compreensão. Algumas músicas flertam com elementos do indie rock, o que gera estranheza de início. Mas ainda é um bom trabalho, que bebe diretamente das influências do blues, do southern rock e do hard rock setentista, em uma vertente menos lisérgica do que a explorada por outros grupos contemporâneos.
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Axel Rudi Pell – “Game Of Sins”: estável, Axel Rudi Pell lançou mais um bom disco de hard/heavy de contornos melódicos e instrumental robusto. A voz de Johnny Gioeli é o verdadeiro destaque por aqui – é um dos grandes cantores do gênero. Não muda a vida de ninguém, mas agrada os adeptos.
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Avantasia – “Ghostlights” [2016]: defendo há algum tempo que a fórmula do Avantasia está gasta. Digo isso porque vejo potencial no projeto. A proposta atual é menos power metal e mais voltada para o hard/heavy, o que, para mim, é ótimo. O estilo das composições, porém, ainda soa cansado, com algumas faixas desnecessariamente longas. Muitos convidados e pouca identidade. Não gostei.