A jornalista Rachel Sheherazade, conhecida por suas opiniões controversas sobre questões sociais e políticas, conversou com o UOL recentemente. O bate-papo girou em torno do gosto musical de Sheherazade, que é fã de rock e heavy metal.
Rachel define seu gosto como eclético. “O heavy metal é um dos vários estilos musicais que aprecio. Também gosto de rock, pop, blues, jazz, gospel, reggae… Gosto de muita coisa. Mas, na seara do heavy metal, prefiro o Iron Maiden a qualquer outra banda, que, na minha opinião, é quem melhor representa o metal pesado”, afirmou.
O Iron Maiden faz parte da vida da jornalista desde que ela tinha 12 anos. Ela conta que conheceu a banda por meio de seu irmão. “O encarte do LP Live After Death já me encantou de cara. Nessa época, eu tinha uma fascinação e grande curiosidade por cemitérios. Amava filmes de terror e do Hitchcock. Quando ouvi aquela música furiosa, e ao mesmo tempo melodiosa e elaborada, na voz do Bruce Dickinson, me apaixonei pela banda”, disse.
A partir dai, ela passou a prestar atenção em um elemento importante nas músicas de heavy metal: as letras. A jornalista traduzia as composições por conta própria. “Minha admiração só aumentou, porque muitas canções eram verdadeiras aulas de história. Foi através de uma música do Iron que ouvi falar de um tal Winston Churchill. Na introdução da música Aces High, que fala dos ataques aéreos da Inglaterra durante a Segunda Guerra, há um trecho de um famoso discurso do premiê. Aprendi muito com a banda e aproveitei para aperfeiçoar o meu inglês também”, revelou.
Apesar de ser conhecido como um estilo musical machista, o rock – com seu subgênero heavy metal – não segrega homens e mulheres, para Rachel Sheherazade. Para ela, o problema está em outro gênero: o funk. “Não encaro o heavy metal como um estilo musical machista. Não vejo essa exploração excessiva da sensualidade feminina. Talvez eu esteja desinformada, mas como sempre concentrei minhas atenções e minha devoção no Iron Maiden, nunca percebi machismo em suas músicas. Vejo machismo e depreciação das mulheres no funk. É deplorável”, concluiu.