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Blue Murder: 25 anos do formidável disco autointitulado

Blue Murder: “Blue Murder”
Lançado em 25 de abril de 1989

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O currículo de trabalhos feitos por John Sykes na década de 1980 era invejável. O loirão tocou em alguns discos do Tygers Of Pan Tang, trabalhou no último álbum do Thin Lizzy – o pesado “Thunder And Lightning” – e foi o braço direito de David Coverdale na escalada do Whitesnake ao sucesso no mercado norte-americano, com “Slide It In” e “1987”.
A competência do músico, recém-saído do Whitesnake, era conhecida por qualquer empresário e produtor no ramo do rock à época. Logo, não foi complicado para Sykes conseguir um contrato para um novo projeto – com a poderosa Geffen Records, que trablhava com o grupo de David Coverdale.
Entre os integrantes inicialmente testados para o grupo, estavam o baterista Cozy Powell e o vocalista Ray Gillen. Ambos não deram certo e a line-up se firmou com o próprio John Sykes no vocal além da guitarra, Tony Franlkin no baixo e Carmine Appice na bateria.
O afiadíssimo power trio lançou, há exatos 25 anos, o álbum de estreia, autointitulado. Dedicado a Phil Lynott, falecido em 1986, o trabalho conta com grande influência do músico, em especial nos últimos anos de Thin Lizzy. O registro transita entre o hard rock e o heavy metal e agrega elementos complexos e até mesmo épicos às canções, o que permite também traçar um paralelo com o Led Zeppelin.
A qualidade incontestável do trio é notada no bom gosto da parte instrumental. Franklin e Appice gozam de entrosamento para que a inspiração e o talento de Sykes brilhe do início ao fim do registro – nos vocais, nas guitarras e nas composições. A boa produção de Bob Rock nesse registro dá uma prévia do que ele iria fazer no clássico “Black Album”, do Metallica.
Consistente, harmônico, bem construído e bem tocado – o álbum de estreia do Blue Murder coleciona bons adjetivos. Mas não obteve o sucesso comercial almejado. Grande parte das faixas conta com mais de quatro minutos de duração, o que foge dos padrões radiofônicos. Faltou perspectiva mercadológica e um single de impacto, apesar de ter sobrado qualidade. Mesmo assim, trata-se de um trabalho que sobeviveu ao teste do tempo e ainda soa muito bem.

John Sykes (vocal, guitarra)
Tony Franklin (baixo)
Carmine Appice (bateria)

Músico adicional:
Nik Green (teclados)

01. Riot
02. Sex Child
03. Valley of the Kings
04. Jelly Roll
05. Blue Murder
06. Out of Love
07. Billy
08. Ptolemy
09. Black-Hearted Woman

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

1 COMENTÁRIO

  1. Estou viciado no álbum dos caras., Blue Murder me pegou e estou amarrado.
    Out of Love é uma baladinha que chega arrepiar de tão linda que é.
    A faixa-título é um Hard típico anos 80, muito vibrante e gostosa de cantar.
    Riot é empolgante demais e aquele Solo… extraordinário John Sykes.
    Ptolemy até que é legal cantar, mas o solo deixou a desejar um pouco.
    Billy é sensacional, riffs empolgantes e letra bem feita.
    Jelly Roll é maravilhosa do começo ao fim.

    Delícia de álbum.

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