Havia uma incerteza quanto à turnê do Limp Bizkit pela América Latina. Faltando praticamente um mês para o início da excursão, o baixista e membro fundador Sam Rivers morreu aos 48 anos.
Em comunicado, a banda escreveu que perdeu “nosso irmão, nosso companheiro, nosso coração pulsante”. Apesar do momento difícil, os músicos resolveram cumprir a agenda previamente anunciada e mantiveram todos os compromissos na região com a “Loserville Gringo Papi Tour”. Richard “Kid Not” Buxton, membro da banda de Ecca Vandal, vem assumindo o baixo temporariamente.
Isso inclui a apresentação no Brasil, marcada para o dia 20 de dezembro, no Allianz Parque, em São Paulo, cujos ingressos seguem à venda na Eventim. Rolou até mesmo uma mudança no lineup do evento: por problemas de saúde, Yungblud, atração convidada, saiu da programação e foi substituído pelo Bullet for My Valentine.
Matt Tuck, vocalista e guitarrista do BFMV, abordou o tópico em recente entrevista a Igor Miranda para a Rolling Stone Brasil. Ainda, refletiu a respeito da coragem dos colegas de profissão em seguir em frente mesmo diante da situação delicada.
Segundo o cantor, “houve apenas uma conversa rápida entre agentes” para que a participação do grupo na turnê do Limp Bizkit fosse concretizada. Além de ficar honrado pelo convite, Tuck diz nutrir um “enorme respeito” pelos colegas por terem encontrado “força, energia e vontade” para subir ao palco novamente e honrar o saudoso músico:
“Tenho certeza de que, no fundo, eles estão sofrendo bastante [pela perda de Sam Rivers]. Mas quando você passa por uma situação como essa enquanto banda e tem shows marcados, acho que o melhor a se fazer é manter o legado do integrante. Deve ter sido uma decisão difícil [manter os shows]. Não existe certo ou errado. Eles encararam isso como uma forma de fazer algo por Sam, por seu legado e pela música que ele ajudou a criar. Tenho enorme respeito por eles por encontrarem força, energia e vontade para fazer isso, sabe, porque não deve ser fácil. Eles estão fazendo por Sam e é o que importa.”
Inclusive, o vocalista é um grande fã de Fred Durst e companhia. Em 1997, quando ainda era adolescente, viu pela primeira vez a banda ao vivo e, desde então, nunca mais parou de acompanhá-los:
“Eu os vi ao vivo pela primeira vez no Newport Center [no País de Gales] quando eu tinha uns 17 anos. Eles estavam abrindo para o Korn [em 23 de maio de 1997], antes mesmo do primeiro disco deles sair. Eu nem sabia o nome deles, mas me apaixonei pela banda e acompanhei desde então. Nunca fizemos turnê juntos, então, essa oportunidade me leva de volta à minha juventude. Eles foram a trilha sonora do final da minha adolescência e início da minha vida adulta. A energia é incomparável: selvagem, agressivo, enérgico, jovial, criativo.”
A homenagem do Limp Bizkit para Sam Rivers
O Limp Bizkit vem homenageando Sam Rivers em todas as apresentações pela América Latina. O tributo se dá logo no início do set, por meio de uma curta compilação de vídeos com momentos do saudoso baixista no palco com seus companheiros de banda. Por fim, surgem as mensagens “Sam Rivers, nosso irmão para sempre” e “Sam Rivers, nós te amamos para sempre”.
Na primeira apresentação realizada após a morte do músico, no Estádio Explanada Azteca, na Cidade do México, no dia 29 de novembro, os integrantes ficaram de costas para a plateia e assistiram ao vídeo. Encerrada a exibição, se abraçaram.
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