Quase todas as letras do Sabaton versam sobre antigas guerras e personalidades importantes da história militar do mundo. Entretanto, os suecos evitam cantar sobre os conflitos que acontecem nesse exato momento. O vocalista Joakim Brodén explicou o motivo.
Em conversa com a Metal Hammer, o cantor explicou que o Sabaton não é uma banda política. Por isso, a preferência é por não expressar opiniões a respeito da atualidade, já que elas ainda não são parte da história.
Brodén disse:
“Talvez nós cantemos (sobre as guerras de hoje), quando os livros de história sobre esses conflitos forem escritos. Nós somos amadores apaixonados, mas ainda somos amadores. As pessoas precisam entender: nós não somos uma banda política. Todo mundo quer ter uma opinião e salvar o mundo com suas opiniões, mas isso não muda o mundo.”
Joakim completou:
“Nós estamos contando a história, não fazendo propaganda política ou religiosa. As pessoas vão ter que se acostumar com não termos opiniões sobre conflitos que estão se desdobrando agora. Porque, simplesmente, nós não sabemos. Nos pergunte de novo em 30 anos, quando lermos os livros de história.”
Baixista do Sabaton complementa
Em entrevista de 2023 a Lora Vogt (transcrita pelo Blabbermouth), o baixista e membro fundador Pär Sundström tentou esclarecer alguns pontos relacionados ao tema. Ele começou deixando claro que a banda não imaginava que acabaria se tornando tamanha referência e influência para fãs irem mais a fundo no que abordam.
“Nunca tive essa ambição no início – nunca mesmo. Foi tipo: ‘Ok, somos uma banda de rock.’ E antes de tudo, ainda somos uma banda de rock. Mas percebemos que havia muito mais que poderíamos fazer com o tema que escolhemos. E é por isso que há todas as extensões do que estamos fazendo, com vários vídeos e colaborações. Por termos escolhido o tema história e especificamente história militar, há muito mais que podemos fazer com a marca e com a banda.”
Porém, o músico faz questão de deixar claro que sua arte não pode ser vista como verdade absoluta. Os interessados devem buscar aprofundamento.
“Não importa o que façamos, estamos espalhando história e, sim, existem várias formas de acessá-la. E alguns acham isso ótimo. Talvez você não consiga aprender muito sobre algo em três minutos. É por isso que há mais detalhes em nosso site. Há artigos históricos também. E temos o canal de história onde fazemos documentários. Não podemos ensinar-lhes a profundidade de um projeto específico. O máximo é tocar na superfície.”
De acordo com ele, porém, o Sabaton não faz política com base na história. O artista concluiu:
“Acho que, para quem não entende de onde viemos, é muito fácil julgar as pessoas ou julgar o mundo. […] Se você tiver um tipo de compreensão maior do mundo, não acho que possa ser usado contra você. Acho que está a seu favor. Qualquer pessoa que tenha um bom conhecimento sobre história tende a ter uma abordagem mais humilde. Claro, pode haver muito ódio também. É quando você faz política através da história. Tentamos evitar isso. Tentamos permanecer com ‘história é história’.”
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