De Angra a Shamangra, passando por Shaman, Almah, carreiras solo e outros projetos, existe todo um conjunto de bandas que fazem parte do chamado “Angraverso”, devido a alguma ligação com o grupo original. E o que Rafael Bittencourt pensa a respeito desse fenômeno?
Em conversa com Gustavo Maiato para o Whiplash, Bittencourt comentou não apenas sobre o Angraverso, como, também, abordou o hiato do Angra, construindo uma relação entre ambos. Para o guitarrista e membro fundador, a pausa nas atividades dá mais espaço para as bandas “paralelas”, mas o benefício inverso também ocorre.
Segundo ele:
“Alguns outros grupos do Angraverso estão trabalhando, e eu acho isso ótimo. Mostra que, mesmo sem estarmos ativos, a chama tá viva. O que eu fiz permanece relevante — e isso me permite me dedicar a outras coisas.”
No entanto, Rafael não vê o pertencimento ao Angraverso como um pré-requisito para ser relevante no metal nacional, embora ache que a maioria das próprias bandas envolvidas ainda não percebeu isso. O músico afirmou:
“Essa coisa de todas as bandas acharem que precisam pertencer ao Angraverso para existir é uma ilusão que só beneficia o Angra. Mas a hora que as bandas lembrarem da própria capacidade e qualidade, a gente vai ter uma cena muito mais rica.”
Almah faz falta
Nesse cenário de nomes interligados, Rafael apontou um que, em sua visão, faz muita falta. O Almah, projeto solo de Edu Falaschi que já contou com Felipe Andreoli e Marcelo Barbosa (atuais baixista e guitarrista do Angra), entrou em hiato em 2016, antecedendo a guinada do vocalista ex-Angra à sua carreira solo.
Sobre o grupo em questão, Bittencourt declarou:
“O Almah é uma excelente banda. Ou projeto. Nem sei se é banda ou projeto, mas é excelente. Acho que é um prejuízo eles terem parado. Todos os músicos que passaram por lá são incríveis. E não tem como não lembrar do Paulo Schroeber, que faleceu. Ele era um gênio na guitarra, esse menino.”
Ressaltando a boa relação com Barbosa, que entrou no Angra substituindo Kiko Loureiro no ano de 2015, Rafael voltou a pedir um retorno do Almah. Ele concluiu:
“O Marcelo é meu parceiro de composição, de palco, de guitarra, de amizade, de restaurantes e de papos longos. O Almah é uma grande banda. Acho que de alguma maneira eles tinham que voltar, porque enriquece a cena.”
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