Gene Simmons retomou a agenda de apresentações solo. No último domingo (9), o vocalista e baixista do Kiss tocou com a sua banda no Castaic Lake Festival Grounds, na Califórnia, nos Estados Unidos, onde falou do saudoso colega Ace Frehley.
Antes de apresentar “Cold Gin”, o músico realizou um emotivo discurso em menção ao guitarrista que morreu no último dia 16 de outubro, aos 74 anos. Citando que compareceu ao funeral ao lado do vocalista e guitarrista Paul Stanley e do baterista original Peter Criss, o Demon primeiramente disse à plateia conforme transcrição da Blabbermouth:
“Quero aproveitar um momento apenas para falar de alguém que conheço há muitas décadas, que fundou a banda conosco… um cara chamado Ace Frehley… Muito triste [o que aconteceu com ele]. Paul [Stanley], eu e Peter Criss fomos ao funeral do Ace. Ele infelizmente morreu.”
Em seguida, Simmons citou a vindoura ausência do falecido colega na 48ª edição do Kennedy Center Honors, cerimônia na qual o Kiss receberá uma homenagem e o Prêmio Kennedy das mãos do presidente Donald Trump. Dando detalhes quanto ao evento marcado no dia 7 de dezembro, o artista explicou:
“A parte mais triste de tudo, além da dor e do sofrimento para seus amigos, família, filha, esposa, toda a sua família, é que Ace não viveu o suficiente para estar conosco quando o presidente e as pessoas vão homenagear o Kiss na cerimônia do Kennedy Center Honors. E a primeira pessoa que vai subir ao palco e falar sobre como o Kiss mudou sua vida será Garth Brooks, que vai apresentar parte do evento. Depois, ele vai tocar ‘Shout It Out Loud’ e arrasar. Em memória de Ace, vamos garantir que uma das quatro cadeiras fique vazia, com o nome dele, porque ele merece estar presente em espírito, mesmo que não possa estar fisicamente.”
Por fim, concluiu a respeito da canção escolhida para o momento:
“Então, um dia Ace entrou na banda. Nós vamos tocar agora a primeira música que ele compôs. Chama-se ‘Cold Gin’.”
Num comunicado divulgado em agosto, Ace descreveu a honraria no Kennedy Center Honors como “um sonho realizado que eu nunca pensei que se concretizaria”. Segundo a Billboard, o Spaceman será a terceira pessoa na história a ganhar uma homenagem póstuma na cerimônia, assim como Glenn Frey, do Eagles, e Phil Lesh, do Grateful Dead.
Gene Simmons e Ace Frehley
Anteriormente, Gene Simmons já havia publicado um tributo para Ace Frehley nas redes sociais. Por meio do X/Twitter, o Demon declarou:
“Nossos corações estão partidos. Ace faleceu. Ninguém pode tocar o legado dele. Eu sei que ele amava os fãs. Ele me disse isso muitas vezes. Mais triste ainda, Ace não viveu o suficiente para ser homenageado no evento Kennedy Center Honors em dezembro. Ace foi o eterno soldado do rock (‘rock soldier’). Que seu legado continue vivo!”
Sobre Ace Frehley
Nascido em 27 de abril de 1951 no Bronx, em Nova York, Paul Daniel “Ace” Frehley teve uma família musical e começou a tocar guitarra na infância. Decidiu seguir carreira musical no início da vida adulta e trabalhou como carteiro e motorista de táxi.
Juntou-se ao grupo que adotaria o nome Kiss em 1973, após uma audição curiosa. Em meio a vários outros músicos que estavam se candidatando, surgiu com um tênis de cada cor e um jeitão peculiar, mas seu talento era incontestável.
Frehley criou a persona Spaceman (também Space Ace), pintando estrelas prateadas nos olhos. É dele o logotipo de raio duplo da banda. Permaneceu na formação inicialmente até 1982, quando, em meio a problemas com a dependência química e conflitos com Stanley e Simmons, saiu do grupo. Retornou em 1996 para sair em definitivo em 2002.
Na segunda metade dos anos 1980 comandou o Frehley’s Comet, que lançou 2 álbuns de estúdio. Disponibilizou ainda uma série de álbuns solo, incluindo o lançado em 1978, quando ainda estava no Kiss.
Após décadas lutando contra a dependência química, Ace garantiu estar sóbrio desde a segunda metade dos anos 2000.
Frehley foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame em 2014 como membro do Kiss. Foi creditado por 11 álbuns de estúdio do grupo, embora não tenha tocado em um (“Creatures of the Night”, 1982) e sua presença em outro (“Psycho Circus”, 1998) seja limitada a apenas algumas faixas. Também disponibilizou oito discos de estúdio em carreira solo ao todo.
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