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O estado atual do System of a Down, explicado por Serj Tankian

"Estamos vivendo o melhor momento de nossas vidas como banda", garantiu cantor a respeito do grupo, que agora está mais intenso na estrada

O System of a Down parece estar numa boa fase. Depois de anos fazendo apenas apresentações pontuais, a banda retomou recentemente um ritmo mais intenso na estrada. Entre abril e maio, o grupo realizou uma bem-sucedida turnê pela América do Sul e, então, entre agosto e setembro, embarcou em uma série de shows pela América do Norte.

Há ainda datas confirmadas na Europa entre junho e julho de 2026, além de compromissos isolados nos Estados Unidos em abril e outubro do ano que vem. Considerando o histórico, tal agenda movimentada é incomum para os músicos. 

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Segundo Serj Tankian, há um motivo para a mudança notável: o SOAD nunca esteve tão bem como banda. Para o vocalista, os integrantes vivem o melhor momento como grupo, não só no sentido profissional, como também no aspecto pessoal. 

Durante entrevista à Kerrang! (via Ultimate Guitar), o cantor afirmou que cada um dos dos membros está “profundamente envolvido na vida pessoal” do outro e que a convivência atual é o que “sempre quis” para a banda. Ele refletiu:

“Estamos vivendo o melhor momento de nossas vidas como banda. Estamos realmente aproveitando a companhia uns dos outros na turnê. É tão, tão acolhedor. Estamos profundamente envolvidos na vida pessoal de cada um. É o que sempre quis para a banda. Tivemos que nos afastar um pouco, refletir sobre as coisas individualmente e depois nos reunir novamente, para realmente valorizarmos tudo o que temos em todos os aspectos.”

Apesar do aumento expressivo de compromissos, Serj garante que ele e os colegas continuam seletivos quanto às apresentações. Ainda, que estão levando em consideração a opinião um do outro na hora de decidir o itinerário, o que tem feito toda a diferença. Ele exemplificou citando uma preferência do guitarrista e vocalista Daron Malakian:

“Não fazemos tantos shows assim. Escolhemos com cuidado o que queremos fazer e conversamos sobre isso. Não fazemos turnês convencionais. Por exemplo, nossa turnê na Europa vai começar em Estocolmo, e originalmente, não tínhamos planejado assim. Só que o Daron fez essa sugestão porque queria ir para lá. E eu disse: ‘Cara, você quer ir para lá? Então vamos começar lá’. Ele respondeu: ‘Sério?’ e eu: ‘Sim, porque meu amigo quer ir para lá’. Essa tem sido nossa postura e tem sido incrível. É mais sobre nos importarmos com o que cada um pensa como amigo, em vez do que uma banda profissional ‘deveria’ fazer, o que nos afastou bastante quando fizemos nossa pausa.”

System of a Down em estádios

Por fim, o artista descreveu como “insano” e até “chocante” que a realidade do SOAD seja agora tocar em estádios, para diferentes gerações de fãs. Diante de tal alcance, a prioridade é deixar o público satisfeito e tomar cuidado quanto às performances “sem exagerar”, como ressaltou:

“Não estamos vendendo produtos. Somos artistas e queremos continuar assim. Queremos ser cuidadosos e não nos expor demais, por isso somos seletivos. Hoje, fazemos de 10 a 15 shows por ano e estamos em estádios em vez de arenas, o que é inacreditável para nós. Nunca pensamos que isso aconteceria em nossas carreiras. Para nós, é insano. E isso diz muito sobre as pessoas, sobre os filhos delas indo aos shows, sobre o poder geracional da música e, particularmente, da música do System. Realmente toca as pessoas, não sabemos exatamente por quê, mas somos muito gratos. Desaparecemos por tantos anos por motivos pessoais, e quando voltamos, houve uma demanda enorme, e ficamos simplesmente chocados. Só queremos ter cuidado e fazer as pessoas felizes com nossas apresentações, sem exagerar.”

A opinião dos outros integrantes

Os outros integrantes do System of a Down concordam com Serj Tankian. Conversando com a NME em julho, Daron Malakian destacou que a banda conseguiu reconectar-se e restabelecer a amizade durante as mais recentes apresentações:

“Tocamos na América do Sul e os públicos de lá são provavelmente alguns dos melhores — se não os melhores — para se apresentar no mundo. A paixão que aquelas pessoas têm pela nossa música e pela nossa banda me impressiona, então me diverti muito. Também adorei passar tempo com a minha banda. Acho que todos nós aproveitamos; parece que nos reconectamos como amigos.”

Ainda em janeiro, Shavo Odadjian explicou que todos os músicos finalmente estavam na mesma página e em sintonia após muito tempo de relações estremecidas. Ao participar do programa Trunk Nation With Eddie Trunk, o baixista disse:

“Não temos tocado muito juntos ultimamente. Desde 2017, temos feito um ou dois shows por ano. Então, os relacionamentos não estavam tão bons quanto estão agora. Basicamente, todo mundo não estava na mesma sintonia. Mas conversamos e agora está tudo ótimo. Todos estão na mesma página e todo mundo está feliz. Por isso, decidimos testar e fazer mais alguns shows.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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