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A questão pessoal que fez Dee Snider considerar volta do Twisted Sister

Apesar de ter descartado retorno da banda, vocalista enfrentou problema recentemente que, em suas palavras, o fez "reavaliar tudo"

Ao encerrar a série de apresentações “Forty and F*ck It”, em novembro de 2016, Dee Snider deixou claro que o Twisted Sister não retomaria as atividades. Nos anos seguintes, o vocalista passou a criticar grupos que voltaram à estrada após turnês de despedida, citando nomes como Mötley Crüe e Kiss e descrevendo a atitude como “uma grande besteira”.

No fim das contas, o artista caiu em contradição. Na semana passada, o Twisted Sister surpreendeu ao anunciar para o ano que vem um giro de reunião em celebração às cinco décadas de fundação do grupo. Ainda não há datas divulgadas ao público, mas o plano é começar a tour em maio.

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Logo de início, Snider quis pontuar que a excursão nada tinha a ver com precisar de dinheiro. Então, posteriormente, o artista confirmou que a principal motivação para tocar com os colegas mais uma vez veio de uma questão pessoal. 

Ao radialista John Parise (via Blabbermouth), o frontman revelou que mudou de ideia por um problema de saúde recentemente enfrentado. Sem entrar em detalhes quanto à condição, o cantor disse que a situação não só o abalou, como o fez “reavaliar muitas coisas”. 

“Antes de tudo, eu assumo o que falei. Eu disse [que não haveria uma reunião], citei nomes, reclamei e fiquei bravo e esperava levar pedradas por causa da mudança, mas estou sendo muito atacado. Não vou mentir e só posso contar até certo ponto, mas a verdade absoluta é a seguinte. Completei 70 anos este ano e passei por um susto com a minha saúde. Estou bem, mas isso me abalou. Não vou dizer [exatamente o que foi] e estou bem. Só que isso realmente me fez reavaliar muitas coisas. [Quando tinha] 40, 50, 60 anos, achava que nada me abalaria. O Twisted Sister se aposentou há 10 anos, quando eu já estava no limite. E então, aos 70, aconteceu algo que, sinceramente, me levou a uma reavaliação. E parte dessa reavaliação foi olhar e pensar: ‘estou pronto para morrer?’. Você nunca sabe quando pode partir silenciosamente no meio da noite. Nunca sabe quando seu tempo vai acabar. E será que eu realmente queria que isso acontecesse sem tocar rock mais uma vez?”

O impacto foi tão grande que não demorou para que o próprio Snider entrasse em contato com os ex-colegas com a proposta. Depois de conversar com a esposa Suzette Snider, o artista tomou a decisão definitiva, como relembrou: 

“Eu também parei com a minha carreira solo há alguns anos. Subo ao palco com [o vocalista do Poison] Bret Michaels ou com Lita Ford para algumas músicas nos shows deles, mas não fico me apresentando. Ao conversar com minha esposa e reavaliar tudo, fui eu, eu mesmo, quem ligou para os outros caras do Twisted Sister. Fui eu quem ligou. Nunca partiu deles. A gente se fala, mas eles nunca tocaram no assunto porque eu dizia: ‘isso não vai acontecer, pessoal, acabou, a banda está encerrada, como eu já falei pra todo mundo.’. Mas, como disse, tive uma experiência que mudou minha vida e uma reavaliação de muita coisa, e fui atrás deles. Falei: ‘pessoal, o que acham de fazermos isso mais uma vez?’.”

Sobre a reunião do Twisted Sister

Criado em 1976, o Twisted Sister havia encerrado suas atividades em 2016, um ano após a morte do baterista A.J. Pero. Agora, como mencionado, retornará para uma série de apresentações.

Remanescentes, Dee Snider (voz), Eddie Ojeda (guitarra) e Jay Jay French (guitarra) integrarão a formação do giro de reunião. Haverá apenas a ausência do baixista Mark “The Animal” Mendoza, substituído por Russell Pzütto. Já a bateria ficará a cargo de Joey “Seven” Franco, integrante entre 1987 e 1988 e responsável por gravar o álbum “Love is for Suckers” (1987). 

Não há agenda anunciada até o momento, mas a banda promete realizar shows em escala global. Em nota, o guitarrista Jay Jay French declarou:

“Desde 2 de fevereiro de 1976, em um pequeno bar chamado The Turtleneck Inn em Hunter Mountain, Nova York, Dee Snider, Eddie Ojeda e eu nos chamamos Twisted Sister e permanecemos lado a lado por quase cinco décadas, passando por inúmeras mudanças de pessoal e milhares de apresentações. Temos orgulho de celebrar um marco que antes parecia impensável: um aniversário de 50 anos!! Criamos um legado musical e performático que inspirou e continuará a inspirar milhões de fãs ao redor do mundo. Twisted Forever, Forever Twisted!”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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