Ozzy Osbourne nunca escondeu o apreço pelos Beatles. Foi ao ouvir a canção “She Loves You”, lançada em 1963, que o saudoso vocalista decidiu seguir carreira na música. O baixista Geezer Butler, companheiro de Black Sabbath, também era um grande admirador do Fab Four.
Mas o que será que um Beatle pensa sobre o Sabbath? Paul McCartney opinou a respeito da banda durante participação no documentário “God Bless Ozzy Osbourne” (2011), produzido com a colaboração de Jack Osbourne, filho do Príncipe das Trevas.
Para o músico, o Black Sabbath trouxe na década de 1970 um traço incomum para a época: a exploração de um lado mais “sombrio”. Na opinião do artista, como transcrito pelo Rock and Roll Garage, tal aspecto chamou a atenção do público:
“Ouvindo agora, o Black Sabbath não parece tão maluco, mas na época era algo bem fora do comum. Na vida, conhecemos o lado sombrio e o lado luminoso, o lado bom e o lado ruim. Acho que provavelmente o apelo era justamente o fato de que [esse contraponto] não tinha sido explorado até o Black Sabbath começar a abordar o tema. E as pessoas diziam: ‘isso é muito legal’.”
Macca complementa:
“É como o apelo dos Drácula ou dos vampiros. Acho que é uma fonte riquíssima para explorar.”
A relação entre Paul McCartney e Ozzy Osbourne
No passado, Ozzy Osbourne até tentou instigar uma colaboração com Paul McCartney. Como relatado à revista Heat, o artista aproveitou quando estavam coincidentemente em estúdio ao mesmo tempo para, discretamente, convidar o ídolo para participar da música “Dreamer”, do disco “Down to Earth” (2001) — o que não deu certo.
O Madman relata:
“Estávamos em estúdio ao mesmo tempo e tentei fazer com que ele tocasse baixo em uma das minhas músicas. Mas ele disse que não poderia melhorar a linha de baixo que estava lá. Eu disse: ‘Você está brincando? Você poderia mijar no disco e eu faria disso o momento da minha vida’.”
Numa sessão de perguntas e respostas em 2020, o vocalista do Black Sabbath deixou claro que ainda “adoraria fazer algo com Paul McCartney, mas duvido que aconteça.” Ao conversar com a Rolling Stone em 2022, a revista destacou que “basta mencionar o Fab Four que Ozzy já conta histórias como a vez em que tentou convencer Paul McCartney a tocar baixo em sua música com pegada beatlemaníaca, ‘Dreamer’. Ele chega a bater com entusiasmo na mesa de centro só de lembrar que o ex-Beatle estava gravando no mesmo estúdio que ele.”
Cerca de um mês antes de nos deixar, o Príncipe das Trevas disse continuar almejando a parceria. Durante episódio de seu programa Ozzy Speaks, o Madman ressaltou que realmente adoraria fazer um dueto com Paul McCartney:
“[Queria fazer um dueto com] Paul McCartney. Eu ficaria honrado, mas não conseguiria…. Ele é um cara muito legal, mas quando eu o conheci, fiquei nervoso.”
Vale citar que o primeiro encontro entre ídolo e fã aconteceu nos bastidores do Howard Stern Show, em Nova York, Estados Unidos, em outubro de 2001. Ao podcast “The Osbournes”, Ozzy descreveu o momento como equivalente a “conhecer Jesus”.
Ao longo dos anos seguintes, os artistas continuaram trocando mensagens. Na autobiografia “Eu Sou Ozzy” (2009), o Madman afirmou que os dois mantinham contato por email:
“Nós trocamos e-mails de vez em quando agora, eu e o Paul. (O que significa que eu falo e o Tony digita o que eu disse no computador, porque eu não tenho paciência para toda essa bobagem da internet.) Não trocamos e-mails com frequência, mas se ele vai lançar um álbum ou se está levando alguma crítica na imprensa, eu mando uma mensagem.”
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