Jerry Cantrell cresceu admirando inúmeros músicos. De Tony Iommi com o Black Sabbath a Lindsey Buckingham no Fleetwood Mac, o guitarrista do Alice in Chains amadureceu cercado de modelos distintos em seu instrumento. Dentre tantos nomes que o influenciaram, três em específico são de “outro mundo”, segundo o próprio.
Ao programa de Full Metal Jackie (via Ultimate Guitar), o artista revelou que “muitos, muitos guitarristas” o inspiraram ao longo do tempo. Diante da tonalidade única inerente à cada instrumentista, o integrante do Alice in Chains explicou que ouvia o máximo de artistas possível.
Ele disse:
“São muitos, muitos [guitarristas] mesmo, para destacar apenas um. O tom é algo realmente próprio, porque você pode colocar 50 caras com a mesma guitarra, no mesmo amplificador, conectados da mesma forma, e todos vão soar um pouco diferentes […]. É algo único, como uma impressão digital. É exclusivo de cada um. Eu cresci ouvindo Davey Johnstone, Lindsey Buckingham, os irmãos Young, Tony Iommi, Eddie Van Halen e Jimmy Page. Billy Gibbons. Eu poderia continuar a lista: Ted Nugent, Tom Scholz, por exemplo. Peguei um pouquinho de tudo o que me inspira ou que me faz sentir bem.”
Ainda assim, Cantrell conseguiu afunilar a lista e elencou os três guitarristas que mais parecem “alienígenas” tamanha a singularidade em sua opinião: Jimi Hendrix, Eddie Van Halen e Randy Rhoads. O músico revelou:
“É difícil realmente resumir quem talvez mais me influenciou. Existem alguns que simplesmente se destacam como alienígenas para mim. [Jimi] Hendrix foi um. Eddie Van Halen é outro. Acho que Randy Rhoads poderia se qualificar como um ser de outro mundo.”
As escolhas de Jerry Cantrell
Jerry Cantrell já manifestou admiração por Jimi Hendrix em outras ocasiões. Ao eleger “Are You Experienced” (1967) como um dos álbuns favoritos de sua vida à The Quietus, o guitarrista do Alice in Chains descreveu o saudoso colega de instrumento como “fenomenal” e justificou o motivo:
“Jimi Hendrix é um dos nossos heróis locais em Seattle, e não temos muitos. Ele andou pelas mesmas ruas que nós. Curiosamente, ele precisou vir até aqui para estourar. Sempre tivemos orgulho de ser da mesma cidade de onde ele veio. Lembro que, nos primeiros dias de banda, a gente pegava o carro, ia até o cemitério, visitava o túmulo dele e abria algumas cervejas ou algo assim. […] Ele era um guitarrista fenomenal. ‘Are You Experienced’ foi o primeiro álbum dele que eu conheci. E ainda acho que é o melhor. Ele foi um inovador, extremamente único. Tinha uma originalidade que resistiu ao teste do tempo. E o único outro cara que, para mim pessoalmente, trouxe esse tipo de mudança, provavelmente foi Eddie Van Halen, algumas gerações depois.”
O mesmo vale para Eddie Van Halen, com quem teve a oportunidade de excursionar entre 1991 e 1992 – quando o Alice in Chains abriu para o Van Halen em turnê pelos Estados Unidos que divulgava o álbum “For Unlawful Carnal Knowledge” (1991). À época, uma característica em específico mostrou para Cantrell não só a peculiaridade do outro instrumentista, como a prova de que o tom de uma guitarra varia de acordo com quem toca e não pelo equipamento. Ele disse à Guitar World:
“Como guitarrista, Eddie está no topo da montanha em termos de originalidade e de compromisso com a excelência. Não houve ninguém como ele, e nunca haverá. […] Lembro de ter lido uma vez sobre como Ted Nugent ficou intrigado com o som do Ed. Dizem que ele usou o equipamento do Eddie para ver que tipo de segredo ele tinha no set, e quando começou a tocar, soava apenas como Ted Nugent. Eu tive exatamente a mesma experiência. De vez em quando, em uma passagem de som, eu plugava a guitarra no amplificador dele e soava como Jerry Cantrell. Por sua vez, Eddie tocava no meu equipamento e soava como Eddie Van Halen. Está nas malditas mãos.”
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