É clara a admiração de Glenn Hughes por Stevie Wonder. Ao lançar o disco “Songs in the Key of Rock” (2003), por exemplo, o ex-Deep Purple fez questão de homenagear o outro artista e o álbum “Songs in the Key of Life” (1976) no título do projeto.
Na verdade, o respeito vai além do campo profissional. Para Hughes, que também passou por bandas como Trapeze e Black Sabbath, o colega de profissão e amigo desde a década de 1970 é o “maior vocalista de todos os tempos” por motivos que não envolvem somente a voz ou a quantidade gigantesca de discos vendidos.
Durante entrevista ao programa Metal Mayhem ROC (via Ultimate Guitar), o artista mencionou como conheceu Wonder e revelou que o cantor e multi-instrumentista é uma inspiração tanto pela parte musical, quanto pela maneira como age na vida pessoal. Ele disse:
“Ele sempre foi uma inspiração. Conheci o Stevie em 1974, quando estava gravando um álbum com o Deep Purple no estúdio Record Plant, em Los Angeles. O Stevie estava lá também, na sala ao lado da que eu estava. Então, nos encontramos, viramos amigos e somos amigos desde então. Na minha opinião, ele é o maior cantor de todos os tempos, também pelo jeito como ele se posiciona, como vive a vida e como é com a família. Ele é um homem tão calmo e atencioso, sabe?”
Conversando com a rádio 93.1 WMPA em 2021, Hughes revelou as maiores lições que aprendeu com Wonder, a quem descreveu como “mentor vocal”:
“Eu estava gravando um disco com o Deep Purple em Los Angeles, e conheci o Stevie naquele estúdio. Nos tornamos realmente amigos em meados dos anos 70. Somos amigos até hoje, ele é meu mentor vocal. Não tanto mais vocalmente, mas porque ele é incrível, pelo jeito que vive a vida, pela forma como ensina crianças e por ser um ser humano maravilhoso. E levei isso comigo por toda a minha vida, espero, tentando passar a mensagem dele para outras pessoas.”
Glenn Hughes atualmente
Glenn Hughes acabou de disponibilizar seu 15º álbum como artista solo. “Chosen”, lançado no dia 5 de setembro, pode ser o último da carreira do veterano vocalista e baixista.
Em conversa com a Classic Rock, Hughes deixa claro que não há a intenção de lançar mais material solo além de “Chosen”, ainda que a possibilidade não esteja totalmente dispensada. O artista de 73 anos chega a afirmar, no entanto, que o novo disco apenas cumpre contrato com a gravadora.
Nas palavras de Glenn:
“Esse deve ser o último álbum solo de Glenn Hughes. Foi sugerido que eu precisava fazer um para a gravadora, eu devia um álbum a eles. Então eu pensei: ‘ok, se é assim que vai ser’, e me concentrei nele.”
Para o futuro, Hughes não parece interessado em novos trabalhos solo. O músico afirma que criar música nesse formato é exaustivo, mas ao mesmo tempo, está aberto a mudanças de planos:
“Se eu tiver algo mais a dizer, vocês saberão, mas eu não sei se terei. Não vou me aposentar, mas fazer um álbum solo me destrói. Eles (álbuns solo) são tão pessoais, eles acabam comigo. Não posso fazer planos. Se eu faço planos, Deus diz: ‘sem chance, cara, não vamos fazer isso’. Se ‘Chosen’ for o último álbum que fiz, é uma forma épica de terminar. Mas de novo, comigo, você nunca sabe.”
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