Qualquer fã dos Beatles teria dificuldade em escolher a melhor música da banda. É assim também com os famosos admiradores dos Fab Four: Brad Pitt, astro de filmes como “Entrevista com o Vampiro” (1994), “Clube da Luta” (1999), “Troia” (2004) e “F1” (2025), teve dificuldade em eleger a faixa definitiva.
Em 2007, Pitt e outros astros do cinema foram convidados pela Associated Press a escolher sua faixa favorita do quarteto de Liverpool. Em resposta resgatada pela Far Out Magazine, o ator ficou em dúvida entre duas, até finalmente conseguir escolher uma delas. Ele disse:
“‘Come Together’, ‘While My Guitar Gently Weeps’. Eu amo a fase psicodélica, mas sim, é muito difícil para mim escolher. ‘Come Together’ é ótima. Não consigo dizer o porquê. Não sou bom com isso. Só sei que funciona para mim.”
Apesar das poucas palavras, Brad Pitt realmente tem uma ligação com a música dos Beatles. O ator é um dos produtores executivos do documentário “One to One: John and Yoko” (2024), que mostra a preparação de John Lennon e Yoko Ono para um show beneficente realizado em 1972 — a única apresentação completa do artista entre 1966 e 1980, ano de sua morte.
Sobre “Come Together”
“Come Together” saiu como lado B do single de “Something”, ambas faixas do álbum “Abbey Road” (1969), o penúltimo lançado e último gravado pelos Beatles.
A música surgiu a partir de um jingle político encomendado a Lennon por Timothy Leary, psicólogo americano defensor do LSD, que pretendia se candidatar ao governo da Califórnia. Com a ideia engavetada, John a resgatou durante as sessões de “Abbey Road”, se inspirando também em “You Can’t Catch Me”, canção de 1956 de Chuck Berry.
“Come Together” foi citada por Lennon como uma de suas músicas favoritas dos Beatles, além de ser a preferida de Ringo Starr, segundo o próprio, em entrevista de 2021 ao programa “The Late Show with Stephen Colbert”. O produtor George Martin falou sobre a canção para a Rolling Stone como um dos maiores exemplos de como a soma dos talentos de John, Paul, George e Ringo era o que realmente fazia a diferença.
Disse o “quinto Beatle”:
“Se eu tivesse que escolher uma canção que mostra os quatro talentos diferentes dos garotos e o jeito como eles se combinam para fazer um ótimo sim, eu escolheria ‘Come Together’. A canção original é boa, e com a voz de John fica melhor. Então Paul tem essa ideia para esse ótimo pequeno riff. E Ringo ouve aquilo e faz algo na bateria que se encaixa, e isso estabelece um padrão no qual John entrou e fez a parte do ‘shoot me’. E então tem a guitarra de George no final. Os quatro (juntos) ficaram muito, muito melhores do que os componentes individuais.”
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