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Assisti a 6 shows do Savatage na Europa e, agora, te conto como foi

Sem Jon Oliva, banda realizou sua primeira turnê pelo continente desde 2002, com 10 apresentações distribuídas entre festivais e compromissos individuais

O improvável aconteceu. Em abril último, o Savatage voltou a realizar shows após uma década e turnês depois de 23 anos. A estreia ocorreu justamente no Brasil, com apresentações no festival Monsters of Rock e em data solo no Espaço Unimed, ambos em São Paulo. O grupo ainda cumpriu agenda na Argentina e no Chile.

No mês de junho, foi a vez da Europa, que recebeu 10 datas. Países Baixos, Alemanha (duas vezes), Inglaterra, Suíça, França, Bélgica, Itália, Espanha e Grécia receberam Zak Stevens (voz), Chris Caffery (guitarra), Al Pitrelli (guitarra), Johnny Lee Middleton (baixo) e Jeff Plate (bateria), junto dos tecladistas de turnê Paulo Cuevas e Shawn McNair.

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O colaborador Anderson Kuchma acompanhou seis apresentações — as cinco realizadas pelo Savatage de forma solo e uma em festival, o Into the Grave, que em seus três dias ainda teria W.A.S.P., Powerwolf, Exodus, Orange Goblin, Phil Campbell and the Bastard Sons, Dynazty, Death Angel, Rotting Christ, entre outros. Além do relato, há fotos de alguns desses shows.

Foto: Anderson Kuchma

Considerações gerais

*Texto a partir daqui por Anderson Kuchma

Assim como King Diamond, que se beneficiou da ausência dos palcos durante 7 anos, o período de hibernação do Savatage elevou a banda — que infelizmente nunca havia tido o devido reconhecimento — a um patamar que não tinha, a ponto de ser atração principal ou próximo disso de grandes festivais.

Apesar da falta de material inédito desde 2001, tem-se uma geração de novos fãs ansiosa por shows e até por novas músicas. Enquanto isso, existe ainda a parcela de público antigo que viu o grupo no passado e gostaria de assistir novamente. Há demanda.

Foto: Anderson Kuchma

A ausência de Jon Oliva, que enfrenta diversos problemas de saúde, foi muito sentida. Não há como negar. Contudo, Shawn McNair e Paulo Cuevas fizeram um excelente trabalho, tanto nos teclados como nos vocais de apoio.

E por falar em vocais: Zak Stevens representou um dos pontos altos da turnê. No alto de seus 59 anos, o americano de Bowling Green, Kentucky, cantou com maestria e, com sua presença, dominou todo o palco. Além disso, diferentemente de outros, não utiliza teleprompter.

Foto: Anderson Kuchma

1) Into the Grave Festival (Leuwaarden, Países Baixos, 13 de junho)

Sexta-feira 13. Um dia que desta vez teve um significado diferente por marcar o retorno do Savatage aos palcos europeus, como atração principal do Into the Grave, festival que acontece anualmente na pequena cidade de Leuwaarden, a cerca de 90 minutos da capital Amsterdã. No fim da tarde, horas antes de sua apresentação, o grupo participou de uma concorrida sessão de autógrafos na área do festival — com uma compreensível limitação, devido ao grande número de fãs, a um item por pessoa.

Após isso, o Exodus se apresentou no palco principal e fez um show brutal. Novamente com Rob Dukes nos vocais, após o rompimento com Steve “Zetro” Souza, o grupo deu 100% de si — em especial o guitarrista Gary Holt, que, junto dos colegas, botou todos os presentes pra bater cabeça e abrir rodas.

Foto: Anderson Kuchma

Quando começava a anoitecer, as primeiras notas de “The Ocean” no piano anunciavam que o sonho, enfim, tornava-se realidade. O Savatage estava de volta, ainda que sem seu principal compositor: o cantor, tecladista e líder Jon Oliva. A banda emendou com “Welcome” e na sequência “Jesus Saves” colocou geral pra pular.

Como era de se esperar, o set trazia surpresas. “Taunting Cobras” e principalmente “Strange Wings” — presentes no show solo em São Paulo, mas não no Monsters of Rock — não eram esperadas e foram muito bem recebidas. Após a clássica “The Wake of Magellan”, foi a vez da trinca “Nothing’s Going On” (executada pela primeira vez desde 1998), “Handful of Rain” e a épica “Chance”, do disco de 1994.

Foto: Anderson Kuchma

“Dead Winter Dead” e “Turns to Me” encerraram a parte do set com músicas pós-Criss Oliva, guitarrista falecido num acidente de carro em 1993. Embora a última citada seja excelente, o público enlouqueceu quando Chris Caffery tocou os primeiros acordes de “Sirens”. “Gutter Ballet”, uma das canções mais populares do grupo, demonstrou que embora a voz única de Jon Oliva faça falta, Zak Stevens canta as músicas de seu antecessor com maestria.

A clássica “Edge of Thorns” concluiu o set regular antes do bis, que desenterrou a maravilhosa “Power of the Night” e encerrando com “Hall of the Mountain King”. A despedida do palco foi rápida, visto que os músicos, ainda durante a madrugada, seguiriam para a Alemanha para performance no dia seguinte.

Foto: Anderson Kuchma

Embora seja muito menor do que festivais consagrados do circuito europeu como Wacken, Sweden Rock e Copenhell, o Into the Grave é uma excelente escolha pra quem prioriza conforto, variedade de estilos, preços justos e acesso fácil inclusive para quem não dirige, pois sua área fica no centro da cidade, bem ao lado de uma estação de trem. Além da simpatia dos neerlandeses, o festival é muito bem organizado e conta com diversas opções gastronômicas e lojinhas com CDs, camisetas, revistas e acessórios.

Para visitantes estrangeiros, a única dificuldade é que em todas as lojas e lanchonetes só havia informações em neerlandês. E se você pensa em visitar um festival europeu, não se esqueça de levar um cartão de crédito internacional ou pré-pago de bandeira Visa ou Mastercard, pois o Into the Grave é mais um festival que aboliu pagamentos em dinheiro: tudo é pago com cartão de crédito ou um cartão pré-pago do festival que você pode carregar ao chegar. A edição 2026 do evento já tem confirmados nomes como Queensrÿche, Crimson Glory, Picture, Vandenberg, entre outros.

Foto: Anderson Kuchma

Setlist Into the Grave:

  1. The Ocean (com trecho de City Beneath the Surface)
  2. Welcome
  3. Jesus Saves
  4. Taunting Cobras
  5. Strange Wings
  6. The Wake of Magellan
  7. Nothing’s Going On (primeira vez desde 1998)
  8. Handful of Rain
  9. Chance
  10. Dead Winter Dead
  11. Turns to Me
  12. Sirens
  13. Gutter Ballet
  14. Edge of Thorns
  15. Power of the Night
  16. Hall of the Mountain King

2) Turbinenhalle (Oberhausen, Alemanha, 14 de junho)

Após o café da manhã, segui de carro de volta pra Alemanha, onde o Savatage se apresentaria no Turbinenhalle, no primeiro show na Europa fora de festival desde 2002. Após duas horas de viagem, cheguei no local por volta das 11h, onde alguns fãs tentavam encontrar os músicos. Mal havia estacionado e encontrei Jeff Plate, que distribuía autógrafos para os presentes. “Essa é a parte mais fácil do meu trabalho“, disse.

Pouco depois foi a vez do baixista Johnny Lee Middleton, que, como sempre, estava muito bem-humorado. Comentei com ele que o show do Trans-Siberian Orchestra nos EUA em 2022 havia me impressionado bastante. Johnny sorriu, agradeceu e disse: “O TSO paga as contas. Isso aqui (Savatage) é divertido!”.

Em seguida, esbarrei com Chris Caffery, exímio guitarrista que honra os solos de Criss Oliva e sem dúvida é o mais feliz com o retorno da banda. Estive com Caffery em 2023 e conversamos diversas vezes nos últimos anos. Dá para garantir: o que ele diz de ser primeiramente um fã de Savatage é verdade.

A expectativa para o show no Turbinenhalle era grande. Os ingressos haviam se esgotado em dezembro último, menos de duas semanas após o começo das vendas. Infelizmente, porém, neste dia estava um calor infernal para os padrões alemães: cerca de 37°C durante todo o dia. O espaço do evento é como um antigo galpão, que comporta 3,5 mil pessoas, mas o ar condicionado não deu conta do recado e o calor tornou a experiência desagradável. Ainda assim, nada que desanimsse banda ou fãs.

O setlist da vez foi completo e contou com uma série de músicas adicionais: “Another Way”, “This is the Time (1990)”, “The Storm”, “Morning Sun” (executada pela primeira vez desde 1998), um medley de “Starlight” + “I Am” (com Caffery no vocal) + “Mozart and Madness” e “The Hourglass”. Uma curiosidade antecipada sobre as apresentações como headliner: as variações de repertório foram poucas, mas existiram em todas as noites. E, como esperado, as escolhas de músicas focaram nos álbuns “Handful of Rain” (1994), “Dead Winter Dead” (1995) e “The Wake of Magellan” (1997). Ninguém esperava faixas do polêmico “Fight for the Rock” (1986), mas a ausência de canções de “Poets and Madmen” (2001) — o último registro de estúdio da banda — decepcionou até mesmo alguns dos músicos. Além disso, o medley “Starlight” + “I Am” + “Mozart and Madness” acabou se provando um pouco morno. De resto, show de alto nível.

Depois da apresentação, a banda recebeu convidados e todos me perguntaram se eu havia gostado. A felicidade pela volta era nítida. Não deu para ficar por muito tempo, já que ainda havia 3 horas de estrada pela frente até Frankfurt, de onde pegaria um voo da Lufthansa com destino ao aeroporto de Heathrow, próximo a Londres.

A abertura da noite no Turbinenhalle e da turnê ficou por conta do Induction, banda que conta com Tim Kanoa Hansen (filho de Kai Hansen) na guitarra e com o excelente vocalista italiano Gabriele Gozzi. A sonoridade é um heavy metal melódico muito profissional, com um grupo bem ensaiado, mas artificial. Entre os destaques estiveram “Queen of Light”, “Fallen Angel” e uma versão para “The Final Countdown” (Europe).

Setlist Oberhausen:

  1. The Ocean (com trecho de City Beneath the Surface)
  2. Welcome
  3. Jesus Saves
  4. Sirens
  5. Another Way
  6. The Wake of Magellan
  7. This Is the Time (1990)
  8. Strange Wings
  9. The Storm
  10. Morning Sun (primeira vez desde 1998)
  11. Handful of Rain
  12. Chance
  13. Starlight / I Am / Mozart and Madness (primeira vez desde 1998; Chris Caffery nos vocais em I Am)
  14. Dead Winter Dead
  15. The Hourglass
  16. Gutter Ballet
  17. Edge of Thorns
  18. Believe (Jon Oliva no piano e vocal no telão; banda entra após primeiro refrão)
  19. Taunting Cobras
  20. Hall of the Mountain King

Bis:

  1. Power of the Night

Shepherds Bush Empire (Londres, Inglaterra, 16 de junho)

O voo pousou na capital britânica às 11h do dia 15 de junho, um domingo. Segui para o hotel ao lado da estação de trem e metrô Paddington (sim, aquela do filme). Durante o dia, visita a pontos turísticos como a Tower Bridge, London Eye e a catedral de St. Paul. Para encerrar, uma cerveja Trooper e o clássico britânico fish & chips (peixe com batata frita) no Cart & Horses, lendário pub inglês onde o Iron Maiden fez seu primeiro show em 1976. A casa localizada a poucos metros da estação de Stratford, no leste de Londres, se autodenomina local de nascimento do Maiden e toda a decoração é voltada ao maior nome do heavy metal britânico. Uma visita é uma boa pedida para qualquer headbanger.

Foto: Anderson Kuchma
Foto: Anderson Kuchma
Foto: Anderson Kuchma

Na segunda-feira, data do show, encontrei com o artista britânico Neil Cook, com quem encomendei um casaco de couro personalizado do Savatage. Em frente à centenária casa de shows Shepherds Bush Empire, registramos o momento com os casacos. Eis que o fotógrafo começa a rir. Quando vimos, Chris Caffery havia “invadido” nossa foto. O guitarrista estava curtindo bastante o contato com os fãs, tanto que foi dar um “alô” àqueles que faziam fila desde a manhã e distribuiu autógrafos e palhetas, além de ter conversado com cada um.

Foto: Anderson Kuchma

O show de Londres foi disparado o melhor da turnê. O Savatage ao vivo funciona de modo bem mais efetivo num palco menor do que num espaço grande de festival. A beleza da casa de eventos ajudou: é como um pequeno teatro, com três níveis diferentes, todos com excelente visão. Os pontos altos do set foram “Chance” (com exibição de bandeiras, culminando com a britânica) e como não podia deixar de ser, a balada “Believe”, com participação de Jon Oliva no telão e homenagens a Criss Oliva e ao falecido produtor Paul O’Neill.

Foto: Anderson Kuchma

De diferente em relação às outras performances, “Power of the Night” foi retirada do fim e executada como quarta canção. Para o bis, antes de “Hall of the Mountain King”, entrou “Nothing’s Going On”. De resto, manteve-se o que se viu na Alemanha, com ligeiras alterações de ordem.

Na festa após o show estavam presentes Chloe Lowery e Nathan James, vocalistas do Trans-Sibeiran Orchestra, além de Gina, irmã de Zak Stevens.

Foto: Anderson Kuchma

Setlist Londres:

  1. The Ocean (com trecho de City Beneath the Surface)
  2. Welcome
  3. Jesus Saves
  4. Power of the Night
  5. Another Way
  6. The Wake of Magellan
  7. This Is the Time (1990)
  8. Strange Wings
  9. The Storm
  10. Turns to Me
  11. Handful of Rain
  12. Chance
  13. Starlight / I Am / Mozart and Madness (Chris Caffery canta I Am)
  14. Dead Winter Dead
  15. The Hourglass
  16. Believe (Jon Oliva no piano e vocal no telão; banda entra após primeiro refrão)
  17. Gutter Ballet
  18. Edge of Thorns

Bis:

  1. Nothing’s Going On
  2. Hall of the Mountain King

Komplex 457 (Zurique, Suíça, 18 de junho)

Após um dia de descanso, era hora de seguir em direção ao aeroporto London City, o menor e mais próximo do centro de Londres, onde embarcaria com destino a Zurique, capital suíça. Ao desembarcar, peguei um trem dentro do aeroporto direto ao centro da cidade, onde ficava meu hotel.

Resolvi aliviar o calor com uma cerveja superfaturada (11 francos suíços = R$ 76) antes de pegar o bonde rumo ao Komplex 457, casa de shows localizada na área industrial da capital, onde King Diamond havia se apresentado na véspera. O local estava praticamente lotado e diversos tamanhos de camiseta já haviam se esgotado na barraca de merchandise.

Foto: Anderson Kuchma

Quanto ao show, basicamente sem surpresas, seja em repertório ou qualidade. O setlist foi basicamente o mesmo de Londres, exceção feita a “All That I Bleed”, que ainda não havia sido executada na turnê. O Savatage tem um grande público na Suíça e o clima era de festa no local.

Foto: Anderson Kuchma

Desta vez na festa após o show conversei com Al Pitrelli e com Damir Eskic, guitarrista do Destruction, que estava acompanhado de sua esposa, a também guitarrista Romana Kalkuhl, da banda Burning Witches. Sujeito bem simpático, Damir me confidenciou ser um grande fã de Savatage e que Criss Oliva e a banda foram fundamentais na sua formação musical. A festa pós-show foi curta, pois a banda seguiria para a próxima cidade logo após o show.

Setlist Zurique:

  1. The Ocean (com trecho de City Beneath the Surface)
  2. Welcome
  3. Jesus Saves
  4. Sirens
  5. Morning Sun
  6. The Wake of Magellan
  7. This Is the Time (1990)
  8. Strange Wings
  9. The Storm
  10. All That I Bleed (primeira vez desde 2002)
  11. Handful of Rain
  12. Chance
  13. Starlight / I Am / Mozart and Madness (Chris Caffery canta I Am)
  14. Dead Winter Dead
  15. The Hourglass
  16. Believe (Jon Oliva no piano e vocal no telão; banda entra após primeiro refrão)
  17. Gutter Ballet
  18. Edge of Thorns

Bis:

  1. Power of the Night
  2. Hall of the Mountain King

Zenith (Munique, Alemanha, 19 de junho)

Infelizmente, o calor presente em Oberhausen voltou a se fazer presente na Alemanha. Por sorte, o Zenith — embora tenha formato parecido com o Turbinenhalle — tinha uma climatização decente, o que tornou a experiência mais agradável. Por motivos pessoais, o baixista Dominik Gursch não fez o show de abertura com o Induktion.

Em Munique, a grande reflexão deixada recai em como o Savatage evoluiu a cada performance. Se no primeiro show o grupo ainda parecia meio tenso — mesmo com a experiência anterior na América do Sul —, na volta à Alemanha eles estavam bem mais entrosados e sorridentes no palco, em especial o baixista Johnny Lee Middleton, membro mais antigo da atual formação, com 40 anos de casa.

Se na voz suave de Zak Stevens falta aquela rouquidão de Jon Oliva, o mesmo não pode ser dito da interpretação de Chris Caffery. Para quem não sabe, Caffery também é um bom vocalista e, como citado, assumiu as partes de Jon Oliva em “I Am” — com sucesso, diga-se.

Foto: Anderson Kuchma

A festa pós-show estava bem movimentada e deu para conversar com alguns dos integrantes, em especial o baterista Jeff Plate, que concordou a respeito do progresso da banda a cada apresentação. Plate, vale destacar, tem um projeto onde é o principal compositor, chamado Alta Reign, que conta com Jane Mangini (Trans-Siberian Orchestra). Na ocasião, o baterista afirmou estar trabalhando atualmente em um novo single. Vale ficar de olho.

Foto: Anderson Kuchma

Setlist Munique:

  1. The Ocean (com trecho de City Beneath the Surface)
  2. Welcome
  3. Jesus Saves
  4. Taunting Cobras
  5. Another Way
  6. The Wake of Magellan
  7. This Is the Time (1990)
  8. Strange Wings
  9. The Storm
  10. Turns to Me
  11. Handful of Rain
  12. Chance
  13. Starlight / I Am / Mozart and Madness (Chris Caffery canta I Am)
  14. Dead Winter Dead
  15. The Hourglass
  16. Believe (Jon Oliva no piano e vocal no telão; banda entra após primeiro refrão)
  17. Gutter Ballet
  18. Edge of Thorns

Bis:

  1. Sirens
  2. Hall of the Mountain King

Alcatraz (Milão, Itália, 24 de junho)

Entre Munique e Milão, o Savatage tocou nos festivais Hellfest (França) e Graspop Metal Meeting (Bélgica). Preferi deixar de lado em virtude do tamanho dos eventos e do repertório reduzido.

Na véspera do último show como headliner, embarquei com destino ao aeroporto de Linate, o mais próximo da cidade de Milão e ligado ao centro da cidade por metrô em 15 minutos. Após deixar minha mala no hotel, fui conferir a incrível catedral, uma das maiores e mais belas catedrais góticas da Europa, localizada logo ao lado da famosa galeria Vittorio Emanuele II. Por coincidência dei de cara com Chris Caffery, que também turistava em frente ao local acompanhado de Brian Hartley, iluminador da banda.

Foto: Anderson Kuchma
Foto: Anderson Kuchma

No dia seguinte, a performance seria no Alcatraz, a maior casa da turnê. O local estava lotado, com italianos de todos os cantos do país tendo viajado para testemunhar o Savatage. Dos que assisti, foi o segundo melhor show, depois de Londres. O setlist pouco variou, tendo apenas a volta de “All That I Bleed” como diferente.

Foto: Anderson Kuchma

Na festa pós-show, a banda esteve pela primeira vez incompleta. Johnny Lee Middleton e Jeff Plate não marcaram presença e só saíram do local bem tarde. Al Pitrelli, como de costume, foi o primeiro a deixar o espaço. Quem marcou presença desta vez foi o guitarrista italiano Aldo Lonobile, parceiro de Zak Stevens no projeto Archon Angel. A noite encerrou com uma boa notícia: Aldo confirmou que o terceiro álbum do Archon Angel está sendo gravado neste momento.

Foto: Anderson Kuchma

O próprio futuro do Savatage também empolga. Para além das promessas de Jon Oliva em lançar um novo álbum, vários integrantes garantiram nessas celebrações pós-show que a turnê em questão não foi a última. Ao que tudo indica, 2026 marcará o retorno do Savatage aos palcos americanos — e estaremos lá para cobrir novamente. De oficial, há o recém-confirmado retorno aos palcos do Wacken Open Air, na Alemanha.

Foto: Anderson Kuchma

Setlist Milão:

  1. The Ocean (com trecho de City Beneath the Surface)
  2. Welcome
  3. Jesus Saves
  4. Sirens
  5. Another Way
  6. The Wake of Magellan
  7. This Is the Time (1990)
  8. Strange Wings
  9. The Storm (com solo de Al Pitrelli no início)
  10. All That I Bleed
  11. Handful of Rain
  12. Chance
  13. Starlight / I Am / Mozart and Madness (Chris Caffery canta I Am)
  14. Dead Winter Dead
  15. The Hourglass
  16. Believe (Jon Oliva no piano e vocal no telão; banda entra após primeiro refrão)
  17. Gutter Ballet
  18. Edge of Thorns

Bis:

  1. Power of the Night
  2. Hall of the Mountain King

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1 COMENTÁRIO

  1. Parabéns pela cobertura, Anderson! Foi incrível poder ver o Savatage no Brasil, e melhor ainda saber que o restante da turnê se mostrou bem sucedida, indicando chances de mais datas!

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