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A derrota de Roger Hodgson contra ex-colegas de Supertramp na Justiça

Disputa com os músicos envolve os royalties do catálogo da banda e teve início ainda em 2021

Ao lado do tecladista Rick Davies, Roger Hodgson era o compositor do Supertramp. Apesar disso, em 1977, a dupla concordou em dividir os ganhos autorais advindos exclusivamente das composições com os demais integrantes.

Porém, em 2018, o cantor simplesmente deixou de repassar aos colegas os royalties do catálogo da banda. Com o rompimento do acordo, o caso acabou levado à Justiça

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Em 2021, Dougie Thomson (baixo), John Helliwell (saxofone) e Bob Siebenberg (bateria) resolveram processar ambos pelo descumprimento. Então, em 2023, Davies fez um acordo extrajudicial e ficou “livre” da ação, mas Hodgson levou a disputa adiante.

No ano passado, um júri federal decidiu que o vocalista não precisava continuar a dividir os royalties já que os outros envolvidos “não compuseram nenhuma das músicas” e que “esperou um tempo razoável antes de rescindir o acordo de 1977”. Porém, os membros recorreram à sentença e, agora, Hodgson perdeu no tribunal.

Segundo informações da Billboard, na última quarta-feira (20), o Tribunal de Apelação — que é superior ao júri — anulou o veredito anterior. Ficou decidido que “o contrato de 1977 obriga Hodgson, por lei, a continuar repartindo os royalties de composição com Thomson, Helliwell e Siebenberg enquanto o catálogo do Supertramp gerar receita”. 

O compromisso só poderá ser encerrado quando “os direitos autorais das obras cobertas pelo acordo de 1977 expirarem e caírem no domínio público”. Sendo assim, Thomson, Helliwell e Siebenberg voltarão a receber sua parte nos royalties de composição por discos como o multiplatinado Breakfast in America (1979). 

Diante da vitória, David Burg e Anji Mandavia, advogados do trio, destacaram em nota:

“Estamos muito satisfeitos que, ao corrigir o erro do tribunal de primeira instância, a Corte de Apelações do Nono Circuito tenha garantido a preservação do legado de nossos clientes e de seus herdeiros. Além disso, a decisão reafirma princípios claros da lei da Califórnia, que continuarão a orientar casos semelhantes no futuro.”

Até o momento, os advogados de Hodgson não responderam ao pedido de comentário da Billboard. Inicialmente, ao defenderem o vocalista, alegaram que os outros membros “não compuseram nenhuma única melodia ou letra”, que “foram pagos por todo o trabalho que realmente fizeram” e que “o acordo de compartilhamento de royalties de 1977 era para ser uma medida temporária até que a banda toda conseguisse dinheiro com a venda de discos”.

Roger Hodgson e Supertramp

Em 1970, Roger Hodgson fundou o Supertramp junto a Rick Davies. A parceria durou até 1983 e rendeu álbuns e singles de sucesso, com mais de 60 milhões de cópias vendidas em todo o planeta.

Porém, ao contrário, do que costuma acontecer, uma reunião nunca aconteceu. Rick seguiu com a banda em diferentes configurações até 2012. O colega jamais aceitou retornar, seguindo em carreira solo até os dias atuais.

Roger não se apresenta desde 2020, quando encerrou a turnê mundial celebrando 40 anos do álbum “Breakfast in America”. Os últimos shows foram no cruzeiro Rock Legends, entre os últimos dias de fevereiro e os primeiros de março.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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