Bandas tributo ao Kiss são quase tão abundantes quanto os famosos covers de Elvis Presley em Las Vegas — e Paul Stanley sabe disso. O vocalista e guitarrista detalhou o funcionamento dessas iniciativas, comentou a respeito das licenças para músicos que querem se apresentar usando o visual e a música da banda e ainda fez uma crítica a alguns dos “Paul Stanleys” que existem por aí.
O Starchild esteve no Howie Mandel Does Stuff, comandado pelo humorista que dá nome ao podcast e sua filha, Jackelyn Shultz. Na ocasião, ele fez questão de ressaltar que todas as maquiagens e conteúdo visual relacionado ao Kiss são marcas registradas.
O artista comentou (via Blabbermouth):
“Existem tributos ao Kiss que nós permitimos que continuassem. É uma questão de dar a eles a licença para fazer isso que pode ser revogada a qualquer momento, porque todas as maquiagens, todas as personas são marcas registradas e ninguém pode usá-las para nenhum propósito.”
Sobre como funciona a retirada ou não das licenças, o requisito é óbvio: o quanto de dinheiro está envolvido no tributo. Pela explicação de Stanley, a quantia que a banda ganha ao se apresentar deve ter algum tipo de limite estabelecido.
“Se isso se torna um negócio grande, isso vai além de um tributo. Sim, é ok ganhar algum dinheiro, mas seu coração precisa estar no lugar certo.”
Vale lembrar que Paul Stanley e Gene Simmons não são mais os detentores dos direitos relacionados ao Kiss. Em 2024, os sócios venderam o catálogo musical, a marca e a propriedade intelectual do grupo para a empresa Pophouse, que deve ser a responsável pelo show de “avatares” do Kiss. A iniciativa envolve hologramas e se assemelha ao projeto Abba Voyage.
Os covers de Paul Stanley
Em 2016, o Kiss cogitou continuar com novos integrantes após as aposentadorias de Stanley e Simmons e a possibilidade trouxe o assunto das bandas tributos. Em entrevista da época, Paul revelou não curtir muito os covers de si próprio e admitiu que gostaria de ver algo novo, ainda que respeitando a essência.
“Honestamente, eu acho que todas as bandas tributo do Kiss são ótimas, mas nenhuma delas tem um bom ‘Paul’. Então eu gostaria de ver alguém que incorpora o que eu fiz com um monte de coisas que me inspiraram. E não é uma questão de uma marionete de mim, é alguém que vem e contribui, e adiciona algo novo a isso, enquanto ainda segue o modelo do que foi estabelecido.”
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